Como a arte pode ser a base do ensino e da aprendizagem na Educação?
A adoção de práticas artísticas pelos sistemas educacionais contribui para uma melhoria nos processos de criação e desenvolvimento de habilidades como resiliência e reflexão
Por Sean Quinn*
Nos últimos anos, é notório o destaque que as artes ganharam no espaço escolar. Tais resultados advêm dos esforços governamentais e, também, privados, na implementação de diversas ações voltadas à valorização das expressões artísticas, como a produção de projetos culturais, além da promoção de outras iniciativas que têm como objetivo proporcionar aos estudantes experiências de valor, influenciando o processo criativo dos alunos e contribuindo para o desenvolvimento de suas habilidades criativas e de caráter.
Fato é que essa valorização das investigações artísticas é muito importante para a construção de uma sociedade mais plural, atuante e inclusiva. Além de ser uma ferramenta de transformação social, o uso dessas práticas artísticas como base de ensino permite aos alunos assimilarem, com mais eficiência, o conteúdo ensinado no espaço acadêmico, facilitando o processo de aprendizagem e trazendo mais fluidez ao desempenho dos projetos. Neste sentido, a atenção dada à arte no cenário educacional deve ser um dos pilares culturais das escolas e, portanto, foco de investimentos contínuo para que se consiga bons resultados, bem como um ensino de excelência.
Como a arte pode tornar processo de aprendizagem mais eficiente?
As práticas artísticas trazem muitos benefícios ao ambiente escolar, sendo defendida por diversos especialistas, como, por exemplo, a professora e presidente do Departamento de Currículo e Instrução da Universidade de Wisconsin-Madison (EUA), Erika Rosenfeld. Em seu livro “Como as artes podem salvar a educação: transformando o ensino, a aprendizagem e a instrução”, em tradução livre, a autora argumenta que a aplicação da Arte nas escolas, bem como seus princípios básicos de aprendizado, pode tornar o ensino mais produtivo.
Neste sentido, ainda de acordo com a escritora, a educação precisa adotar os modelos de criação utilizados pelos artistas em seus processos criativos, pois isso deve tornar o aprendizado mais significativo. A inspiração nestas formas de concepções artísticas, que se iniciam a partir de uma ideia, impacta fortemente a produção de conhecimento no espaço acadêmico.
Diferentemente dos modelos tradicionais, que utilizam testes em exames para mensurar resultados e aprendizados, um ensino de qualidade, que tenha práticas artísticas entre seus pilares norteadores, consegue obter resultados de aprendizagem melhores na medida em que concede maior liberdade e autonomia aos alunos para propor ideias, projetos e transformá-los em representações. Com isso, é possível exercitar habilidades criativas e críticas, características fundamentais na sociedade contemporânea e futura, em que a capacidade de se comunicar, colaborar e cocriar com outras pessoas e culturas diversas é imprescindível.
Práticas artísticas impulsionam aprendizado e a transformação social
As práticas artísticas, que têm como um de seus pontos fortes o estímulo à capacidade criativa, também podem ser usadas nos processos de aprendizagem de qualquer disciplina, como defende Rosenfeld. Este ponto envolve desde equações matemáticas à produção científica, uma vez que o fluxo de criação é o mesmo modelo de como acontecem as experiências de aprendizagem -- primeiro tem-se uma ideia, cria-se, então, formas de representá-la e, por fim, a compartilha com o público.
Dessa forma, o processo criativo que as artes agregam às práticas de ensino impulsionam o aprendizado dos estudantes no espaço acadêmico, contribuindo com o desenvolvimento em sociedade. Isso porque as vivências artísticas colocam os agentes do saber em contato direto com elementos artísticos de transformação, expondo-os a um mundo de descobertas e experiências, em que podem desenvolver sentimentos de identificação, reconhecimento e soluções inéditas para problemas reais. Tais vivências são essenciais para que aprendam também a lidar com questões relacionadas ao espaço dos outros, pluralidade de pontos de vista, bem como a compreender o papel social e de grande importância que as práticas artísticas têm para o espaço escolar e a sociedade em geral.
*Sean Quinn é Diretor Geral na PlayPen | Ecj.
Sobre a PlayPen | Ecj
Fundada em 1981, a PlayPen | ECJ inaugurou o ensino bilíngue no Brasil, tornando-se uma escola brasileira com currículo internacional integrado. Localizada na capital paulista, a escola é referência quando se fala em educação, focando no atendimento individualizado dos alunos. Em 2012, a escola foi comprada pelo grupo Cognita Schools Group, que tem sede no Reino Unido e lidera mundialmente o segmento de educação privada com mais de 85 escolas na Ásia, Europa, Reino Unido, Oriente Médio e América Latina. Com investimentos constantes nas frentes pedagógicas, tecnológicas, de infraestrutura e em programas de intercâmbio, a PlayPen | ECJ busca se consolidar como a principal escola bilíngue global do Brasil, mantendo-se, sempre, na vanguarda da educação no país.
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