Dia da Escola: conheça colégios que rompem barreiras para desenvolver ações com a comunidade
São escolas que apoiam os moradores no entorno com ações de distribuição de alimentos, hortas comunitárias e encontros de formação
A escola é um ambiente que acolhe e oferece ensino formal para crianças e adolescentes de um determinado território. Porém, há instituições que se destacam pelo seu envolvimento com a comunidade do entorno, promovendo diálogo e ações sociais com os familiares dos estudantes.
"Quando uma comunidade abraça uma escola pública, todo mundo ganha. O Brasil conta com exemplos incríveis que podem ser replicados e tornar as escolas cada vez mais num espaço democrático e de construção de conhecimento. Destacam-se os projetos em parceria com organizações da sociedade civil, que contribuem para o desenvolvimento integral das crianças e adolescentes, e iniciativas que estimulam a participação da família, que favorecem diretamente a melhoria do aprendizado de seus estudantes", conta a superintendente do Itaú Social, Angela Dannemann.
Neste Dia da Escola, celebrado no dia 15 de março, o Itaú Social separou exemplos de instituições e programas parceiros que ultrapassam os limites da sala de aula, impactando a realidade a sua volta.
Combatendo a fome
Durante a pandemia da Covid-19, a Escola Municipal Professor Paulo Freire, localizada na periferia de Belo Horizonte (MG), mobilizou docentes, funcionários e voluntários de uma empresa para arrecadar alimentos às famílias dos estudantes. O resultado desta ação garantiu a segurança alimentar das famílias do entorno, pois os legumes, as verduras e outros itens coletados serviram para complementar os alimentos das cestas básicas distribuídas pela prefeitura.
O colégio foi um dos selecionados para integrar o programa internacional Escolas 2030, iniciativa que acompanha mil escolas espalhadas por dez países durante uma década. No Brasil, a ação é liderada pelo Itaú Social, em parceria com a organização social Ashoka e a Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo).
Transformando a comunidade
Outro exemplo de escola que desempenha um papel importante em sua comunidade é o colégio Pax Christi Schola (antiga Escolinha Ping Pong), administrada pelo instituto Fundação Terra. A instituição nasceu em 1984 para acolher crianças e adultos da Rua do Lixo, região próxima a um aterro sanitário e que fica localizada no município de Arcoverde (PE).
Além de ofertar ensino formal gratuito, a escola desenvolve projetos sociais, especialmente no combate ao trabalho infantil, que era comum na região. Com o apoio do Itaú Social, por meio do programa Comunidade, Presente!, o colégio distribuiu cestas básicas e kits de higiene e de gás para centenas de famílias ao longo de quatro meses da pandemia.
Graças à grande procura e o impacto da Pax Christi Schola na comunidade, a Fundação Terra decidiu abrir a Pax Christi Schola Rural, uma segunda unidade localizada na divisa de três municípios: Arcoverde, Sertânia e Buíque.
Espaço para a família
E quando o envolvimento das escolas com a comunidade se torna uma política pública? Essa experiência pode ser observada no município de Paulista, região metropolitana de Recife (PE), onde é realizado o programa Escola da Família, com o apoio da OSC (organização da sociedade civil) Avante e a partir da metodologia do Programa Melhoria da Educação, do Itaú Social.
O programa realiza formações continuadas para docentes e encontros de planejamento com mães, pais e responsáveis com o objetivo de aproximá-los da vida escolar das crianças.
Com a pandemia, os encontros foram modificados para o ambiente virtual, e o resultado foi o crescimento do envolvimento dos adultos nas atividades da escola: “Ficamos muito felizes com o resultado da mobilização das famílias, especialmente observando o contexto da pandemia. Fizemos seis turmas remotas, com a participação de centenas de mães e pais de vários colégios. Foram discutidos temas como a importância da escola para a comunidade, envolvimento das famílias com a vida escolar dos estudantes e a necessidade das escolas serem mais inclusivas para crianças e adolescentes com deficiência”, conta a vice-presidente da Avante, Ana Luiza Buratto.
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