Sarau das Pretas levará narrativas de mulheres negras para as escolas municipais
Projeto com ampla abrangência visa difundir e visibilizar a literatura produzida por mulheres negras
Após a publicação da antologia poética Narrativas Pretas, realizada no ano de 2020 através do fomento do Programa VAI, pela Prefeitura de São Paulo, que reuniu 30 autoras autodeclaradas pretas e/ou pertencentes à comunidade LGBTQIA+, o coletivo Sarau das Pretas agora irá distribuir a publicação em diversas ações, através do projeto Conexões Literárias: Sarau das Pretas nas redes, que também foi contemplado pelo VAI.
Trata-se de um projeto amplo, que irá impactar em torno de 15 mil jovens, pensado pelas escritoras Débora Garcia, Elizandra Souza, Jô Freitas e Taisson Ziggy. Nessa segunda fase, além da difusão da obra Narrativas Pretas, o projeto tem como objetivo partilhar processos, saberes e experiências que envolveram a publicação da obra. As ações serão realizadas neste mês de março. Para isso, realizará palestras em escolas da rede pública municipal, compreendendo alunos desde o ensino fundamental II até o EJA, como ações de incentivo à leitura e à escrita.
Além disso, também realizará oficinas de publicação independente, que resultará numa cartilha com o conteúdo ministrado nas oficinas. “Além de apresentar a obra Narrativas Pretas e todo o seu processo, desejamos potencializar novas narrativas com mulheres pretas. Para isso, serão oferecidas oficinas de autopublicação para mulheres autodeclaradas pretas a partir de 18 anos em todo o Brasil, e que tenham a intenção de publicar”, afirma Elizandra Souza, jornalista e poeta, com uma trajetória de 20 anos na escrita.
Para ela, mostrar os caminhos de uma publicação para os jovens da rede pública irá estimular o desenvolvimento de jovens escritores. “A maior parte dos escritores e escritoras iniciam tardiamente suas carreiras. Nosso projeto também visa encurtar este caminho e fomentar a literatura afrobrasileira, o movimento de saraus, a literatura periférica, mostrando que eles também podem ser protagonistas da sua própria história e publicarem, se assim desejarem. Afinal, nós passamos por todo o ensino fundamental com a imagem do escritor como um homem branco, de meia idade, e que falavam de questões que não necessariamente eram as questões que a gente via na periferia”, acrescenta a escritora Débora Garcia.
Outra ação de impacto será a distribuição dos livros Narrrativas Pretas para o Sistema Municipal de Bibliotecas, que somam 106 bibliotecas em toda a cidade de São Paulo.
Dessa maneira, construindo projetos relevantes de grande impacto que visam ampliar a diversidade das narrativas que são contadas, O Sarau das Pretas vem contribuindo com ações diversas para a transformação de realidades.
A data da primeira palestra nas escolas, ficou para o dia 29.03.22 às 20h no CEU três lagos. Será para o público do EJA, cerca de 100 alunos.
A data da palestra inaugural para a marcar a entrega dos livros para o Sistema Municipal de Bibliotecas, temos o indicativo de 28.03.22 (a definir)
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