Tecnologia: alunos ingressantes são absorvidos pelo mercado
Empresa inicia parceria com universidade em projeto que seleciona jovens para atuar como desenvolvedores de web
Apresentação do projeto integrou atividade de boas-vindas aos ingressantes da Fipp
É fato: faltam profissionais para as vagas de estágio e efetivas existentes na área de tecnologia. Alunos de cursos superiores são rapidamente absorvidos pelo mercado de trabalho, inclusive os ingressantes. Ou seja, a partir do momento que o estudante inicia em uma graduação na área, ele já se torna “alvo” do mercado. Na Faculdade de Informática da Unoeste (Fipp), por exemplo, essa realidade já foi apresentada no ano passado com o Projeto Talentos, onde empresas se instalaram dentro da instituição para captar iniciantes. Agora, a novidade é o Projeto Kuririn, realizado pela agência Oxigenweb. Neste primeiro momento, até 15 acadêmicos terão a oportunidade de integrar a equipe da empresa que atende clientes do Brasil todo, com bolsas de estudo e auxílio.
A apresentação do projeto integrou a programação de boas-vindas aos ingressantes dos bacharelados em Ciência da Computação, Sistemas de Informação e Engenharia de Software EAD, bem como do superior de tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) presencial e EAD.
Há 13 anos no mercado, a OxigenWeb é uma empresa que atua no digital e visa tecnologia e inovação. Conforme João Lucas Amorin, head de negócios, o time da agência é multidisciplinar, justamente pelas diversas frentes que atua. São cerca de 40 colaboradores nos setores de desenvolvimento web, tecnologia, marketing, administração, negócios, engenharia, entre outros. “O mercado pede profissionais da tecnologia e muitas vezes precisamos fechar janelas de desenvolvimento porque não temos equipe para entregar o trabalho. Por isso precisamos ampliar o time para atender a demanda que está cada vez maior”, relata.
O coordenador de cursos da Fipp, o professor Emerson Silas Dória, enfatizou uma realidade que se tornou rotina na faculdade: empresas, de todos os segmentos, entrando em contato para captação de alunos, seja para estágios ou vagas efetivas. “Nós já atendemos a Nokia no Equador, indústria do Japão, empresas de São Paulo e de tantos outros lugares. Esse é o diferencial dos cursos de tecnologia. Não dá para ingressar em Odontologia, por exemplo, e no 1º ano já estar em um consultório fazendo uma restauração. Nossa área é totalmente diferente”.
Ainda de acordo com Emerson, é provável que, na próxima semana, muitos dos alunos ingressantes já estejam trabalhando ou envolvidos em algum projeto. “Pedimos sempre a dedicação e que aproveitem essa oportunidade de estarem no curso superior, porque traz um benefício em curto, médio e longo prazo. As formações mais curtas, a longo prazo, não têm os mesmos efeitos”, disse aos universitários.
Projeto kuririn
João Lucas explica que o projeto é uma possibilidade para que os alunos consigam evoluir e conciliar o que aprendem na teoria com a prática dentro do mercado. “O nosso propósito é fazer o recrutamento desses alunos dos anos iniciais para que eles desenvolvam suas carreiras dentro do departamento de desenvolvimento web”, confirma. Sobre exigir experiência, requisito comum nos processos seletivos, Diogo Faquinha, sócio-proprietário ao lado de Mauricio Shinmi, ressalta que, para eles, vale a vontade de aprender do estudante. “Nosso objetivo é que ao término do projeto ele seja contratado”, pontua.
Entenda a dinâmica
Os estudantes irão se inscrever no site da empresa para concorrer às vagas. Os selecionados ingressarão no projeto e terão 4 níveis, com duração de três meses cada um, totalizando 12 meses. No entanto, tudo vai depender do desempenho de cada um, sendo possível “pular” de fase.
Kuririn é um dos principais personagens da série Dragon Ball. Então, em alusão à animação, os selecionados iniciam como Kuririn e depois saltam para as seguintes fases: Piccolo, Sayajin e Super Sayajin. Em cada nível, os valores das bolsas auxílio e de estudo aumentam. Além disso, cada etapa exige conhecimentos diferentes e desafios mais complexos. Os alunos terão todo suporte da equipe, inclusive com treinamentos específicos.
Seja Unoeste
Ainda dá tempo de ingressar nos cursos presenciais da Fipp, para início imediato. O Vestibular é gratuito e oferece prova on-line ou a possibilidade de ingressar por meio da nota do Enem. Clique neste link e saiba mais. O vestibular EAD também está com inscrições abertas e gratuitas para início das aulas em abril.
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