Estudo traz dados sobre consumo de tabaco na pandemia
Pesquisa realizada na Unoeste tem apoio da Fapesp e reforça a importância de programas especializados para tratamento do tabagismo
À frente da pesquisa: Bruna Medina, aluna da Fisioterapia, com a professora doutora Ana Paula Freire (Foto: Ector Gervasoni)
Será que a pandemia da Covid-19 alterou o perfil do consumidor de tabaco e derivados, como cigarrilhas, narguilé, entre outros? Esse é o questionamento da pesquisa realizada na Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), envolvendo os cursos de Fisioterapia e Medicina dos campi de Presidente Prudente e Guarujá. Apesar de o tabagismo ser fator de risco para infecção e complicações da Covid-19, dentre os resultados do estudo estão: 44,26% reportaram aumento do consumo e a pandemia não foi um fator decisivo para os entrevistados abandonar o cigarro. Constatações que reforçam a importância de programas especializados para tratamento do tabagismo, assim como o já realizado na universidade.
Em razão da relevância do tema, a acadêmica da Fisioterapia Bruna Aparecida Santos Medina, do 7º termo, foi contemplada pela bolsa de iniciação científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para dar continuidade ao estudo “Influência da pandemia da covid-19 no nível de dependência à nicotina e nos hábitos de consumo de tabaco e derivados”. Pela Fisioterapia, também estão à frente as professoras doutoras Ana Paula Coelho Figueira Freire (coordenadora do projeto) e Francis Lopes Pacagnelli; e pela Medicina estão as doutoras Margaret Assad Cavalcante (campus Prudente) e Marceli Rocha Leite (Guarujá).
A aluna pesquisadora salienta que a Covid-19 é um tema novo, ainda com poucos estudos e conhecimento sobre seu impacto na sociedade. “Através disso, buscamos saber como a pandemia está afetando hábitos tabagísticos, como aumento no consumo e nível de dependência à nicotina. O intuito foi conhecer o comportamento do tabagista mediante a atual situação e se esses indivíduos possuem algum conhecimento sobre suas complicações para a doença, fortalecendo a cessação do tabaco e desenvolvendo medidas de prevenção da Covid”, explica Bruna.
Pesquisa e resultados
De acordo com a professora que coordena o projeto, a equipe analisou, por meios quantitativos e qualitativos, como está o perfil de consumo de tabaco e derivados como cigarrilhas, narguilé, etc., assim como avaliou a motivação para cessação do tabagismo no período de pandemia. “As análises quantitativas foram realizadas por meio de formulários eletrônicos com diversos questionamentos sobre os hábitos de fumar antes e durante a pandemia. Já a análise qualitativa foi realizada por meio de um grupo focal remoto (por meio de Google Meet), explica a Dra. Ana Paula”.
Foram mais de 136 pessoas entrevistadas. Os achados principais da pesquisa apontam que o consumo diário de cigarros e derivados não foi alterado durante a pandemia: 55,74% reportaram que reduziram ou mantiveram seu consumo; e 44,26% relataram aumento no consumo. “Também identificamos que a pandemia não aumentou a motivação para cessação do tabaco, sendo que 59,84% reportaram estar com a mesma motivação para cessação quando comparado aos períodos pré-pandemia. Ainda foi identificado que as fissuras (vontade extrema de fumar) não sofreram alterações para maior parte dos participantes (53,28%)”.
A professora conta que também foram realizadas as análises de correlação (associação) e foi observado que indivíduos com mais anos de fumo e índices mais graves de dependências são os que estão mais motivados a parar de fumar. Com os dados, a Dra. Ana Paula reforça a necessidade de ampliar o acesso a programas especializados para tratamento do tabagismo, assim como o realizado na Unoeste, que neste semestre ocorre no formato on-line.
Os próximos passos do projeto são a finalização das análises qualitativas, a formulação de dois artigos científicos e a submissão destes artigos para revistas científicas internacionais.
Fomento à pesquisa
Bruna foi contemplada com a bolsa Fapesp no valor de R$ 695,70, durante o período de vigência do projeto. A professora que coordena a pesquisa destaca que o apoio financeiro é essencial por várias razões. “Primeiro podemos citar o estímulo ao acadêmico de iniciação científica, que pode se dedicar mais tempo ao projeto. Depois por permitir que o acadêmico participe de eventos científicos, faça treinamentos técnicos e adquira recursos para a pesquisa. Além disso, a contemplação de bolsa Fapesp para o acadêmico de graduação é um importante diferencial no currículo para processos seletivos de residências, especializações e mestrado”.
Bruna, que está no 7º termo, conta que essa é a segunda vez que conquista uma bolsa de fomento. Destaca ainda que os professores incentivam a iniciação científica desde o início do curso. “Em três anos de graduação (2018-2020) participei de três iniciações, sendo uma delas bolsista em 2019 através do Probic [Programa de Bolsas de Iniciação Científica]”, relembra.
A futura fisioterapeuta afirma ainda que desenvolver estudos científicos é extremamente importante na vida acadêmica. “Participar desde o início da graduação foi um desenvolvimento pessoal e profissional, pois a experiência que conquistei é uma bagagem enorme para a construção do currículo e melhora da atuação profissional. Além de ser uma preparação para hoje desenvolver a minha pesquisa e conseguir a bolsa Fapesp”, relata.
Fisioterapia Unoeste
A estudante compartilha que o curso de Fisioterapia da Unoeste lhe surpreendeu de forma positiva desde o primeiro dia de aula. “A estrutura da universidade favorece o conhecimento, pois os recursos oferecidos são os melhores e nos preparam para o estágio e vida profissional. O mesmo posso dizer do corpo docente, que é extremamente capacitado, não somente para ensinar o conteúdo da matéria, mas também para desenvolver um profissional humano, que olhe o paciente como um todo”.
Na reta final da graduação, Bruna lembra que pôde vivenciar várias áreas da fisioterapia através das extensões, “como a reabilitação equestre, aquática, saúde coletiva, hospitalar, monitorias, ligas acadêmicas e até mesmo apresentar o curso na feira de profissões que antes visitei como vestibulanda. Isso, junto com a iniciação cientifica, abre portas para novas oportunidades e melhora muito a nossa futura atuação profissional”, finaliza.
Vestibular
Fisioterapia está entre os cursos oferecidos no processo seletivo de meio de ano. Clique aqui e fique por dentro das datas de inscrição para o vestibular e das vantagens de ser Unoeste.
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
https://www.facebook.com/groups/portalnacional/
<::::::::::::::::::::>
IMPORTANTE.: Voce pode replicar este artigo. desde que respeite a Autoria integralmente e a Fonte... www.segs.com.br
<::::::::::::::::::::>
No Segs, sempre todos tem seu direito de resposta, basta nos contatar e sera atendido. - Importante sobre Autoria ou Fonte..: - O Segs atua como intermediario na divulgacao de resumos de noticias (Clipping), atraves de materias, artigos, entrevistas e opinioes. - O conteudo aqui divulgado de forma gratuita, decorrem de informacoes advindas das fontes mencionadas, jamais cabera a responsabilidade pelo seu conteudo ao Segs, tudo que e divulgado e de exclusiva responsabilidade do autor e ou da fonte redatora. - "Acredito que a palavra existe para ser usada em favor do bem. E a inteligencia para nos permitir interpretar os fatos, sem paixao". (Autoria de Lucio Araujo da Cunha) - O Segs, jamais assumira responsabilidade pelo teor, exatidao ou veracidade do conteudo do material divulgado. pois trata-se de uma opiniao exclusiva do autor ou fonte mencionada. - Em caso de controversia, as partes elegem o Foro da Comarca de Santos-SP-Brasil, local oficial da empresa proprietaria do Segs e desde ja renunciam expressamente qualquer outro Foro, por mais privilegiado que seja. O Segs trata-se de uma Ferramenta automatizada e controlada por IP. - "Leia e use esta ferramenta, somente se concordar com todos os TERMOS E CONDICOES DE USO".
<::::::::::::::::::::>
Adicionar comentário