Projetos de Professores do Santo Américo Entram Para o Programa Nacional do Livro Didático 2021
Preparados para atender o Novo Ensino Médio, livros incentivam protagonismo e autonomia dos alunos
A implementação do Novo Ensino Médio estabelece uma mudança abrangente da estruturação do Ensino Médio, a começar pela participação do aluno, que passa de expectador à protagonista das salas de aula. A mudança impacta diretamente os métodos de ensino, projetos e materiais didáticos, que precisarão passar por ampla reformulação para atender a nova estrutura curricular.
Os professores do Ensino Médio do Colégio Santo Américo Arno Goettens, de Geografia; Marquilandes Borges de Sousa, de História; Felipe Fugita, de Matemática e Emerson Barreto, de Química tiveram seus projetos aprovados para o Programa Nacional do Livro e do Material Didático, do Ministério da Educação. Os materiais dos professores fazem parte da categoria Projetos Integradores, estruturados conforme competências e habilidades definidas pela BNCC, e poderão ser distribuídos para escolas públicas de todo o país.
Os livros enviados precisavam apresentar uma metodologia de Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP) e contemplar quatro diferentes temas: Protagonismo Juvenil, Mediação de Conflitos, Midiaeducação e STEAM (Science, Technology, Engineering, Arts e Mathematics). Os professores Arno e Marquilandes participaram do mesmo projeto da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. “Nós focamos no desenvolvimento de habilidades para reconhecimento e resolução de problemas presentes no dia a dia do estudante, ensinando o jovem a detectar essas questões cotidianas e buscar resoluções, inclusive envolvendo toda sua comunidade. Essa é uma das estratégias que pode tirar o aluno da passividade da sala de aula e transformá-lo em um agente transformador”, explica o professor Arno.
Professor Marquilandes conta que para o tema “Mediação de conflitos”, por exemplo, o projeto aborda o casamento precoce, problema que atinge todas as regiões do país. “Os alunos recebem informações como estatísticas e dados oficiais sobre o assunto e recebem atividades que os ajudem a identificar se o problema atinge a comunidade onde vivem e como podem colaborar para a resolução”, conta Marquilandes. Os projetos que envolvem a participação de Arno e Marquilandes contemplam, ainda, a questão do lixo urbano (Protagonismo Juvenil) e a comunicação nas redes sociais (Midiaeducação).
Felipe Fugita, coordenador de matemática no Santo Américo, desenvolveu em sua obra projetos que mostram a matemática da vida cotidiana, envolvendo situações que, muitas vezes, os estudantes nem imaginam que a matemática está presente. O tema STEAM foi contemplado com os projetos “Fábrica de Jogos” e “Feira de Ciências”; “O lugar em que vivemos” e “Pesquisas Estatísticas” são projetos do tema “Protagonismo Juvenil”, “Museus Virtuais” está em Midiaeducação e, por fim, o projeto “Diálogo e Debate na Escola” é apresentado no tema Mediação de Conflitos. Para Fugita, fazer o aluno entender que a matemática para a vida é mais relevante que a matemática para o vestibular vai tornar a matéria mais interessante e, principalmente, fará com que o jovem identifique a matéria como uma grande aliada. “Até para preparar uma receita precisamos da matemática”, brinca o professor.
A questão do lixo urbano também foi abordada pelo professor de Química, Emerson Barreto, que contribuiu com um projeto coletivo que uniu as disciplinas de Química, Física, Biologia, Matemática e Geografia. “A Lei de resíduos sólidos” prevê a construção de aterros sanitários para o descarte do lixo urbano e, de acordo com Barreto, grande parte dos municípios brasileiros seguem com lixões a céu aberto que, além de proibidos, são grandes vetores de doenças. “O material enviado para o PNLD mostra que é preciso olhar para o nosso lixo e conhecer melhor o lixo que produzimos diariamente. Por que ainda é tão difícil fazer com que as pessoas entendam a importância da separação do lixo e da coleta seletiva não só para o meio ambiente, mas também para a economia do país. O único caminho para essa prática é a educação”, comenta Barreto.
Para além do reconhecimento do lixo que produz, o projeto aborda a importância de os jovens conhecerem as leis ambientais e cobrarem das autoridades públicas as diretrizes que a administração tem com relação ao lixo. “O aluno só se tornará um protagonista quando puder reconhecer as questões de sua comunidade durante as aulas e souber que ele é capaz de buscar soluções por intermédio do conhecimento”, finaliza o professor.
Os professores do Colégio Santo Américo há muito trabalham na elaboração de materiais didáticos que contribuem para a implantação do Novo Ensino Médio e suas experiências irão levar para todo o país uma imensa contribuição para o novo modelo de ensino, auxiliando alunos e professores que ainda não vivenciaram as mudanças aprovadas pelo governo.
Sobre o Colégio Santo Américo
Fundado em 1951 por monges beneditinos húngaros, o Colégio Santo Américo atende alunos do Ensino Infantil, Fundamental Anos Iniciais, Fundamental Anos Finais e Ensino Médio. Mantido pelo Mosteiro São Geraldo de São Paulo, o colégio é reconhecido com o Selo da Unesco e oferece a seus alunos o ambiente ideal para a formação humana, acadêmica, esportiva e cultural. Desde 1963 o Colégio Santo Américo ocupa uma área de 68 mil m² no bairro Morumbi.
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