Plataformas digitais ajudam crianças a desenvolver habilidades interpessoais
A youtuber mirim Lívia De Marchi Lopes é ativa na internet e fora dela também, o que promove o desenvolvimento de diversas competências, como comunicação e criatividade
As plataformas digitais também são uma forma de comunicação bastante utilizadas por crianças e adolescentes. E, por isso, é preciso prestar atenção em todas as competências e interesses das crianças, de maneira que todas sejam desenvolvidas dentro do período necessário, levando em consideração as habilidades socioemocionais.
A youtuber mirim Lívia De Marchi Lopes ganha espaço na rede e conversa diretamente com outras crianças, promovendo dessa forma o interesse em assuntos diferentes e também o próprio desenvolvimento pessoal. “Além do canal, a Lívia pratica ioga, patinação e coral. Ela mesma escolheu todas as aulas que quer fazer, o que também é ótimo para criar relacionamentos com outras crianças fora do ambiente da internet”, explica a educadora Adriana De Marchi, mãe da influencer.
Na criação de conteúdo, Lívia costuma propor temas diferentes, que podem provocar o interesse da comunidade mais jovem, especialmente relacionados a criatividade. Ao elaborar essas informações, tem maior contato com a plataforma digital, desenvolvendo uma habilidade com as ferramentas da internet que serão essenciais no futuro, levando também a maior desenvoltura na comunicação.
A especialista em educação socioemocional, Camila Comitre, explica que a cultura digital tem ganhado muito espaço, inclusive na educação formal pelo currículo da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “É uma tendência e uma necessidade das crianças se apropriarem dessas ferramentas. Quando os youtubers mirins geram e transmitem conteúdo, se tornam exemplos e favorecem a comunicação. É fundamental ter garotos e garotas se comunicando com outras da mesma idade, porque trabalha a representatividade, a linguagem é apropriada e o entendimento é natural”, relata.
Para o desenvolvimento de conteúdo, é importante ter curiosidade e querer aprender cada vez mais. Ainda assim, enquanto criança é onde se criam as primeiras atividades e experiências junto a outros colegas, por esse motivo Camila defende que é importante ter atividades externas, além da internet.
Autonomia e liderança – competências socioemocionais
A diretora pedagógica do colégio Carmo, Renata Maria Smolka e Gaia, explica que a escola é o lugar das primeiras relações, e é nesse ambiente em que os primeiros embates irão acontecer sempre. Por isso, é fundamental trabalhar o socioemocional desde a educação infantil, até o ensino médio. Uma criança que já recebe esse nível de conteúdo desde a sua formação inicial aprende a encontrar o outro.
“O socioemocional ajuda a entender que sentir emoções como raiva, medo, frustrações, é necessário e faz parte do aprendizado. Para que as crianças absorvam esse conhecimento, trabalhamos essas situações através de histórias e personagens. O tema “escolhas”, e tudo o que implica no futuro, também é abordado nessa experiencia”, destaca a especialista em educação.
É importante que todas essas questões sejam aplicadas e debatidas além do ambiente da sala de aula. “O contexto precisar ser trabalhado também no cotidiano, e principalmente, em parceria com os pais”, finaliza Renata.
Sobre o espaço de Lívia
A influenciadora mirim tem apenas seis anos, e já faz sucesso nas redes sociais. Em seu canal, sempre traz dicas de artesanato, brincadeiras do dia a dia, e adora falar sobre assuntos relacionados a NASA e programas espaciais. Por isso, chama carinhosamente a sua audiência de astronautinhas. Mesmo com pouco tempo de canal, já realizou algumas campanhas para a Puket e lojas de roupas infantis e pelas redes, já havia chamado a atenção de agências de modelo e publicidade e já foi agenciada pela V2 model e a Vogue Kids.
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