Covid-19: mais de 1,5 bilhão de alunos são afetados pelo fechamento de escolas, segundo a Bain & Company
De acordo com a consultoria, 40% dos brasileiros pretendem reduzir seus gastos com educação no curto prazo
A pandemia do novo coronavírus tem afetado quase toda a população mundial e um dos segmentos mais impactados foi o de educação, que sofreu com o fechamento de escolas em todo o mundo. Segundo análise da Bain & Company, o impacto superou 1,5 bilhão de alunos (>90%) que, com o agravamento da crise, tiveram suas instituições de ensino fechadas em momentos distintos em cada país.
No Brasil, em alguns países da América do Sul e da Europa, que juntos somam 191 nações, a opção foi pelo fechamento geral das escolas. Os Estados Unidos e a Austrália, por exemplo, escolheram o fechamento localizado.
O estudo ainda revela que, do lado do consumidor, há expectativa de redução de gastos com educação entre os brasileiros, embora em menor escala que em outros setores. Cerca de 40% dos entrevistados pretendem investir menos em educação a curto prazo. A médio prazo, esse índice é de 35%. Seguindo o cronograma de outros países, o retorno às aulas no Brasil pode ser retomado apenas no segundo semestre de 2020.
"As escolas devem pensar e atuar desde já em iniciativas para superar a crise, considerando a proteção à saúde dos alunos, professores e demais funcionários e a comunicação e colaboração com os pais", afirma Luis Frota, sócio da Bain & Company.
Adoção de novos métodos de ensino
Na China e Itália, a maioria das escolas entrevistadas adotaram métodos de educação à distância durante o primeiro mês de fechamento. Na Itália, o percentual foi de cerca de 70%. Já nos EUA, quase todas as escolas participantes da pesquisa adotaram ensino à distância. A expectativa é pela maior adoção de tecnologia após a crise.
Em paralelo, a pesquisa da Bain nota que fornecer educação à distância tem sido desafiador para muitos nos EUA. Apenas 31% dos professores afirmam estar preparados ou muito preparados para essa nova realidade. Entre os principais desafios estão: fornecer orientação às crianças com necessidades diversas (64%), a comunicação com pais e alunos (56%) e lidar com estudantes que não possuem hardware e internet (52%).
Retorno às aulas e novas rotinas
De acordo com a Bain & Company, a experiência da China na volta às aulas presenciais tem gerado diversos desafios como a organização dos horários de início e fim das aulas; número máximo de 30 alunos por sala (versus 50 ou mais normalmente); uso de máscara e simulações de boas práticas de higiene, como a lavagem das mãos. "Além disso, as aglomerações formadas pelos estudantes nas escolas exigem aulas de prevenção de epidemias, ambientes bem ventilados com presença de álcool gel e desinfecção frequente dos espaços", reforça Frota.
Com isso, novas rotinas foram adotadas pelas instituições de ensino chinesas que já vivem essa nova realidade e incluem a medição de temperatura na entrada da escola e três vezes ao dia; o acesso limitado aos pais, que deixam e buscam os filhos em local próximo; adoção de ônibus escolar com menor capacidade máxima; criação de rota específica para grupos de alunos circularem nos corredores até as salas de aula e limitação do número de estudantes nos refeitórios ao mesmo tempo.
Para os demais países, a atenção agora está no planejamento para o possível retorno às aulas e potenciais demandas de proteção à saúde dos estudantes e demais profissionais de educação. As análises e experiências de outros países também indicam que será necessário refletir como a crise pode ter afetado expectativas e comportamentos de pais e alunos. Para a Bain, o cenário pode ser uma oportunidade para desenvolver novas capacidades e formas de ensino.
Sobre a Bain & Company
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