SP integra cases de boas práticas mundiais da OCDE de políticas educacionais implementadas durante crise do coronavírus
Série de publicação visa disseminar conteúdos que podem ser reaplicados por outros países; artigo sobre SP foi escrito por presidente do CIEB e professor de Harvard
As políticas públicas implementadas pela Secretaria Estadual da Educação para manter a continuidade das aulas durante o fechamento das escolas é um dos cases de boas práticas mundiais selecionados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A iniciativa de reunir as ações de educação criadas para este período da pandemia é da OCDE, Banco Mundial, HundrED e da Harvard University por meio da Global Education Innovation Initiative.
A série de publicações visa disseminar conteúdos que podem ajudar os países a desenharem estratégias para garantir a continuidade da educação enquanto as aulas presenciais seguem suspensas.
O artigo que elenca as ações do governo de São Paulo é de autoria de Lucia Dellagnelo, presidente do Centro de Educação para Inovação Brasileira (CIEB), e do professor Fernando Reimers, da Harvard University.
Para Lucia, um dos fatores que fazem com que São Paulo se destaque foi a rapidez com que viabilizou uma ferramenta para que 3,5 milhões de alunos da rede estadual tivessem acesso ao ensino remoto – o Centro de Mídias SP, inaugurado no dia 6 de abril.
“Foi um período muito curto onde foram montadas estratégias bem consistentes de educação. Outro destaque é a multimodalidade de ofertas com TV aberta, aplicativos e material impresso, e a combinação de estratégias para ter certeza de que todo aluno será atendido”, diz Lucia.
Além de oferecer dois aplicativos, um voltado para os alunos da educação infantil e primeiros anos do ensino fundamental, e outro para anos finais do fundamental e ensino médio, a Seduc utiliza também canais da TV aberta, como a TV Univesp e TV Educação para transmitir aulas da rede.
Para garantir a continuidade da aprendizagem ainda foram distribuídos kits de materiais impressos como fascículos de português e matemática, livros paradidáticos e gibis para todos os alunos.
Para a especialista, as críticas sobre as ações adotadas são importantes porque desvelam a desigualdade social. “Mas da parte da Seduc há um esforço excepcional para alcançar todos os alunos. Para uma rede que não tinha um modelo híbrido fazer essa transição é muito desafiador.”
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