A Educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos responsabilidade por ele
(Hannah Arendt)
À medida em que o planeta torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta perigos, mas também promessas, que podem se realizar por meio da Educação, da nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida e com as futuras gerações.
Esse compromisso é reforçado todos os dias, especialmente neste ano, em que o mundo passa pela experiência de confinamento em suas casas, devido à pandemia do novo coronavírus. Com a substituição das aulas presenciais pelas aulas remotas, para colaborar com o necessário isolamento social, pensar e colocar o ensino remoto em prática diária virou um desafio para universidades, escolas, professores, alunos e familiares, que foi prontamente assumido.
Tudo na vida é aprendizado, alguns mais duros, outros mais fáceis. Envolvidos pela aridez das notícias atuais, pelo medo e pela ameaça de uma epidemia que os retêm em suas casas, uma grande massa de educadores, estudantes e famílias receberam a nova realidade da pandemia e a encararam de frente. Aliás, não é esse o maior aprendizado da vida? No dia a dia, lutar e não desistir.
Para começar, o amor é fundamental para assumirmos responsabilidades pela Educação, em qualquer momento. O amor pelo outro e pela comunidade é capaz de destruir muros da ignorância e do ódio, seja na educação escolar, familiar, social. Todos somos educadores, com nossos exemplos. Exemplos de quem se incomodou, se reinventou, enxergou o poder de uma coletividade.
Em nossas atividades na Universidade e no Colégio Santa Cecília, assim como em muitas outras instituições, a vontade de fazer o melhor tem sido mais forte da parte de todos, incorporando novos hábitos de estudos, novas práticas e investimentos no ambiente virtual. Nesse trajeto, vem a descoberta de que aprender é um processo tão poderoso que se agiganta nas horas de crise.
Constatei, fascinada, a importância da educação escolar para tantas famílias, e nos relatos dos alunos, de várias idades, a saudade imensa da escola como espaço essencial de aprendizagem e amizade em suas vidas.
Estamos compartilhando a solidariedade, conhecimentos e a responsabilidade de fazer a nossa parte, colaborando com o combate ao covid-19 e à exclusão. Criando espaços, na mente e no coração, não importa o tamanho dos nossos apertos. Duvidando das antigas certezas e hábitos.
Principalmente com coragem para ter esperança naquilo que nos torna humanos, o que inclui nossa capacidade de imaginar, criar, desenvolver e de nos dedicar ao outro, esteja ele ao seu lado, atrás da tela do computador, em outros lugares, para quem pequenos gestos e palavras também fazem toda a diferença.
Quando voltarmos às aulas presenciais, teremos aprendizados e lições positivas a serem incorporadas, por meio das reflexões e experiências que essa geração de estudantes passou, que as anteriores não tiveram. Além disso, devemos lembrar das 263 milhões de crianças e adolescentes que, segundo a Unesco, estão fora da escola em todo o mundo e 617 milhões deles que não sabem ler nem fazer cálculos matemáticos básicos. Lutar para garantir uma educação de qualidade e oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos e todas, uma das condições para a saúde, o crescimento econômico, a inovação, o desenvolvimento sustentável e a inclusão de todos os grupos sociais. Celebrar, assim, a Educação, e as decisões diárias, pessoais e coletivas, que influenciam todas as outras, para transformar esse cenário nacional e mundial.
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