Seguindo o que aconteceu na China, epicentro do coronavírus (Covid-19), que está em processo de sair do isolamento social, o Brasil deve passar pelo mesmo cenário dentro de algum tempo. Para o médico epidemiologista da Faculdade São Leopoldo Mandic, Dr. André Ricardo Ribas Freitas, será preciso dosar o retorno às atividades sociais. “As medidas higiênicas são fundamentais e deverão continuar, como o uso de máscara ao sair de casa. O coronavírus é transmitido muito antes da pessoa apresentar os primeiros sintomas e o vírus deverá ainda circular até que se encontre uma cura.”

Outro ponto defendido pelo especialista é que o ambiente do transporte público oferece mais oportunidades para a transmissão, com o grande número de pessoas, que acabam se esbarrando, além de ônibus e metrôs contarem com superfícies que não são higienizadas constantemente. “É preciso pensar em alternativas como a cada trecho o transporte público fazer uma higienização completa, ter um distanciamento maior entre os passageiros e, claro, todos de máscara”, explica.

Dr. André ainda faz um alerta sobre a forma de se pensar em alternativas após o isolamento social. “Se voltarmos a nos relacionar e conviver da mesma forma que era antes, vamos ter uma crise e em um mês teremos que parar tudo de novo. Será preciso buscar novos princípios no transporte e no ambiente de trabalho.”

O epidemiologista usa o exemplo da China, que após quatro meses do aparecimento do vírus, o país conseguiu interromper a transmissão. “Hoje, na China, a maior parte dos casos vem de outros países, porque eles tiveram medidas radicais, interromperam todas as atividades, isso dificilmente vai acontecer em outro país.”

A Faculdade São Leopoldo Mandic disponibiliza em seu site uma área especial com informações sobre o coronavírus, com diversos dados e artigos internacionais. Acesso: slmandic.edu.br/tudo-sobre-coronavirus/

Sobre a São Leopoldo Mandic

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