Com o cenário de Covid-19 no Brasil e a suspensão das aulas presenciais em todos os estados, as plataformas digitais se tornaram aliadas fundamentais das instituições de ensino, evitando em muitos casos a interrupção do ano letivo. Em linha com essa estratégia, a Cogna, maior grupo de educação do país, organizou-se rapidamente para garantir que o isolamento social tivesse o menor impacto possível na rotina escolar e acadêmica de seus cerca de 2,2 milhões de alunos.

Ensino básico

A estratégia de migração para o ambiente virtual também foi bem-sucedida na educação básica. O Plurall, principal plataforma de ensino digital da SOMOS, uma das empresas da Cogna, está garantindo a continuidade das aulas para 45 mil turmas, impactando em torno de 940 mil crianças, adolescentes e professores.

A plataforma, que já era adotada em colégios próprios e parceiros, ganhou uma nova funcionalidade: aulas ao vivo - antes, o professor disponibilizava apenas vídeos gravados, além de exercícios e materiais didáticos, e os estudantes tiravam dúvidas com tutores por meio da ferramenta. Esses recursos permanecem, mas agora há interação em tempo real, como se todos estivessem numa sala de aula tradicional.

Na Escola Digital, como foi chamada a transição das turmas do ambiente analógico para o virtual, o aluno segue a rotina de antes, inclusive com cobrança de presença, provas, simulados, redações e leituras. São os mesmos horários, professores e colegas de classe, todos on-line ao mesmo tempo.

"Fizemos a integração do Plurall com o Google Hangouts Meet, o que viabilizou as aulas ao vivo. Outro detalhe importante é que, anteriormente, a plataforma era oferecida no ensino fundamental 2 e médio e, agora, passou a alcançar também alunos do fundamental 1 e da educação infantil", explica Mario Ghio, diretor-presidente da SOMOS Educação, acrescentando que, para ajudar na adaptação dos professores a esse novo cenário, foram ministrados diversos treinamentos. "Em apenas 10 dias, realizamos 47 webinários", enfatiza.

Nos últimos dias, foram geradas aproximadamente 75 mil aulas ao vivo, uma média diária de 7,5 mil, totalizando mais de 2,7 milhões de minutos. Números superlativos que dão uma ideia do porte da operação

Assim como o verificado no ensino superior, o engajamento está superando as expectativas. O volume de acessos, por exemplo, já chegou a ser 208 vezes maior do que o registrado em 19 de março, quando se iniciaram as atividades on-line.

"Outro ponto positivo é que os alunos dos ensinos fundamental e médio estão conseguindo dedicar de duas a quatro horas por dia às rotinas de estudos propostas pelas escolas, segundo pesquisa interna. A sondagem revelou também que 82% das famílias apresentam bom ou ótimo engajamento com os canais digitais usados pelas instituições de ensino. Estamos extremamente satisfeitos com o feedback e felizes em poder proporcionar que os estudantes, famílias e professores possam passar por esse momento com o menor impacto possível, pois sabemos como é importante para os alunos manterem sua rotina e interagir com colegas e mestres ", destaca Ghio.

Ensino Superior

Só ensino superior, mais de 25 mil aulas de 176 unidades e 1.410 polos foram levadas para o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) nesse período de quarentena. O número de horas de conteúdos disponibilizados superou a marca de 75 mil. Quase 14 mil turmas estão utilizando os canais digitais e 32.180 disciplinas passaram a ser oferecidas no formato on-line.

O aumento do engajamento dos alunos presenciais foi um ponto que chamou a atenção. Os indicadores revelaram que houve crescimento de 25% em relação ao semestre anterior. "Contamos com um sistema de avaliação continuada, em que os estudantes, ao longo do semestre, colecionam pontos a partir das atividades que realizam, em cada disciplina, dentro da plataforma digital. Dessa maneira, é possível monitorar o quanto estão envolvidos. O receio inicial de que os alunos dos cursos presenciais pudessem se desmotivar durante a quarentena felizmente não se confirmou. Pelo contrário", comemora Marcos Lemos, VP acadêmico da Kroton.

Desde 16 de março, data em que aulas on-line passaram a ser adotadas, o AVA registrou aumento de 81% na quantidade de acessos, uma elevação que não comprometeu a estabilidade da plataforma, que, no mesmo período, colocou à disposição dos estudantes aproximadamente 480 mil objetos de aprendizagem.

"Apesar de ter sido uma operação de ‘guerra’, nos sentíamos plenamente preparados para fazer a migração dos alunos presenciais para o digital em razão da nossa expertise em EAD, que, com certeza, fez a diferença. A plataforma usada para garantir a continuidade das aulas já fazia parte do dia a dia desses estudantes e, por meio dela, eles sempre tiveram acesso a conteúdos e atividades de fixação", acrescenta Lemos.

O contato direto entre professor e aluno se manteve, já que as aulas são transmitidas ao vivo, no horário habitual das ocorridas presencialmente, por meio do Microsoft Teams. "É um cenário desafiador, mas temos certeza que haverá um aprendizado e uma troca de experiências para toda cadeia educacional - alunos, professores e empresas. Estamos certos de que, passado esse momento, teremos desconstruído muito do preconceito que ainda há em relação ao EAD", avalia o diretor acadêmico da Kroton.

Sobre a Cogna

A Cogna é uma companhia brasileira e uma das principais organizações educacionais do mundo, proporcionando ensino de qualidade durante todos os momentos da vida dos alunos, desde o ensino básico até a educação continuada. Com atuação inovadora, a Cogna é líder no desenvolvimento e aplicação de soluções educacionais com as marcas Kroton e Platos (ensino superior) e Saber e Vasta/Somos (educação básica). Em seus mais de 50 anos de tradição, já contribuiu para transformar a vida de milhões de pessoas, e trabalha para continuar concretizando sonhos em todos os cantos do país.