Brincar sozinho ou em grupo?
A criança nasce brincando ou ela aprende a desenvolver esse tipo de atividade? Teóricos debatem o assunto. Mas, grosso modo, podemos dizer que existe um instinto que conduz às atividades lúdicas, embora também existam aquelas brincadeiras próprias de cada sociedade. Trata-se, provavelmente, de um mecanismo que mistura esses caminhos.
Pode-se até pensar que o primeiro espaço do brincar do bebê, seja o corpo da mãe, que ele começa a explorar. Essa busca encontra, porém, um novo contexto no mundo contemporâneo, em que pai e mãe vivenciam, muitas vezes, longas jornadas de trabalho fora de casa. Além disso, as novas tecnologias criaram novas formas de brincar.
Outro fator é que a falta de segurança das grandes cidades faz com que as crianças fiquem mais tempo dentro de casa, em espaços mais limitados, onde o encontro com amiguinhos também é reduzido. Brincar ao ar livre com coleguinhas é bem diferente de estar sozinho perante um monitor de TV ou a telinha de um celular.
Muito mais do que colocar juízos de valor ou pior, estamos perante realidades diferentes, que precisam ser melhor conhecidas. Em grupo, há mais espaço para vivenciar diferenças e pontos fortes e fracos em termos de habilidades e limites, numa avaliação própria e dos outros. Isolada, a criança pode ampliar horizontes virtuais e tecnológicos, mas também pode de isolar e viver numa falsa realidade. Temos muito a aprender sobre tudo isso...
Oscar D’Ambrosio é jornalista pela USP, mestre em Artes Visuais pela Unesp, graduado em Letras (Português e Inglês) e doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
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