Festival de Invenção e Criatividade (FIC), organizado em 2019 pela equipe selefcionada

Um projeto realizado por professores da Rede Municipal de Ensino de Vinhedo foi selecionado pelo Desafio de Aprendizagem Criativa do Brasil, iniciativa organizada pela Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa com apoio da Fundação Lemann e do MIT Media Lab, para participar do programa de mentoria do Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), que inclui apoio financeiro, aulas e visitas ao laboratório da instituição americana, que é uma das escolas de ciência e tecnologia mais importantes do mundo.

O projeto “Formando professores e cativando alunos”, desenvolvido pelos professores Peter Trento e Diego Rodrigues Gonçalves, com apoio do professor Flávio Nicastro e da coordenadora Viviane Moitinho, foi selecionado entre 138 inscritos de todo o país. De acordo com a organização do Desafio, das 138 propostas recebidas, 30 passaram para a fase final e apenas oito foram escolhidas para o programa de mentoria.

As iniciativas foram analisadas por 31 avaliadores, além da equipe do MIT Media Lab e da Fundação Lemann. A avaliação foi feita a partir de critérios como diversidade geográfica, relevância, alinhamento com a Aprendizagem Criativa, viabilidade e inovação.

Os selecionados receberão apoio para implementar os projetos, se reunirão periodicamente e visitarão o MIT Media Lab nos Estados Unidos.

O projeto de Vinhedo tem como objetivo implantar a Aprendizagem Criativa (AC) nas aulas de matemática e levar às escolas a inovação na metodologia de ensino, posicionando o aluno como protagonista total da aula e o professor como um mediador entre o conhecimento e esse aluno.

De acordo com Peter Trento, idealizador do projeto, “Inovar, em Educação, tornou-se uma necessidade urgente, uma vez que os processos convencionais de ensino e aprendizagem já não atendem mais às demandas da Sociedade da Informação. A escola precisa mudar, porque os alunos já mudaram o seu modo de interagir com o conhecimento. A aprendizagem criativa traz essa inovação na metodologia de ensino, posicionando o aluno como protagonista total da aula e o professor como um mediador entre o conhecimento e esse aluno”.

“Estamos hiper felizes de nos tornarmos pesquisadores da melhor universidade do mundo. Nós trabalhamos em escolas públicas e estudamos em escolas públicas na infância e sabemos o quanto é importante inovar principalmente para conseguir gerar um interesse e uma reflexão do aluno sobre aquele conteúdo. A aprendizagem criativa torna a aula um momento de criatividade e compartilhamento de ideias. A escola precisa ser o lugar de criação dos alunos, assim como uma tela é a área de criação do artista”, finaliza.

Aprendizagem Criativa na prática

No ano passado, a CEFORMI (Central de Formação e Mídias e Rede de Aprendizagem Criativa), de Vinhedo, da qual Trento faz parte, realizou com enorme sucesso o 1º Festival de Invenção e Criatividade.

Nele, crianças, jovens, seus familiares e educadores tiveram a oportunidade de explorar materiais e tecnologias high e low tech, participar de atividades e aprender de forma estimulante e descontraída.

O Festival teve como objetivos divulgar, inspirar e facilitar a implementação de atividades de aprendizagem mão na massa em ambientes educacionais formais e não formais de todo o país, e reuniu cerca de três mil pessoas, entre alunos e familiares.

“O objetivo, com nossos projetos de aprendizagem criativa, é incentivar o aluno a explorar seus interesses, a criar e testar ideias. É uma abordagem que está mais ligada às necessidades da sociedade atual, que está se transformando. E na FIC mostramos que o incentivo à aprendizagem criativa não depende do computador, é importante ressaltar. Podemos criar desenhando, cortando um pedaço de papel, colocando uma caixa de papelão, madeira, materiais recicláveis… Coisas que já existem ao nosso redor”, comenta Trento, complementando que “o importante é o incentivo à criatividade e não ao uso de certo equipamento”.