Escolas precisam oferecer mais do que o ensino de idiomas para aprovar alunos em faculdades no exterior
Instituições estrangeiras solicitam aos colégios cartas de recomendação, entrevistas com equipe e preenchimento de dados
O número de estudantes no Brasil em busca de uma graduação no exterior cresce a cada ano. Uma das escolhas preferidas dos brasileiros quando se trata de ensino são as faculdades norte-americanas. Aproximadamente 16 mil alunos deixaram o país para cursar o Ensino Superior em uma instituição nos Estados Unidos entre 2018 e 2019.
Os números colocam o Brasil em 9º lugar na lista dos países que mais levam estudantes para os Estados Unidos. As informações são do último relatório Open Doors, produzido pelo IIE (Instituto de Educação Internacional). O documento constatou um aumento de 9,8% em relação ao período letivo de 2017 a 2018.
Esse movimento de pessoas em busca de um ensino no exterior é visto como uma tendência pela coordenadora assistente do Ensino Médio da Escola Viva, Iara Kawamura. Ela destaca a importância das escolas estarem preparadas para essa demanda, já que o processo de seleção de vagas para os cursos de graduação é diferente do sistema de vestibular e Enem no Brasil.
“Tem sido cada vez maior o número de alunos solicitando cartas de recomendação. Além disso, a escola precisa responder aos questionários das universidades e fazer um acompanhamento da vaga”, explica Kawamura. A coordenadora assistente destaca que principalmente as faculdades norte-americanas possuem aplicativos a serem alimentados pelos colégios com informações sobre a instituição.
Quando o assunto é graduação no exterior, muito se fala sobre a preparação do aluno. Na maioria das vezes, o nível de conhecimento em outro idioma (no caso de faculdades em países não falantes de português), o comprometimento com atividades extracurriculares e a autonomia em relação aos estudos são requisitos básicos para garantir uma vaga internacional. Mas também existe um papel fundamental exercido pela escola em que ele estuda.
“Precisamos estar muito atentos na hora de responder aos aplicativos, porque cada um tem um formato. As informações básicas são sobre o processo de avaliação da escola e sobre a capacidade do aluno e seu histórico disciplinar. A maioria das universidades também oferece a possibilidade de uma conversa ao telefone”, conta.
Com todas essas demandas para a escola, é importante que exista um trabalho focado não apenas na formação pedagógica, como também na parte organizacional do processo. Pensando nisso, a Escola Viva, localizada na Vila Olímpia/SP, oferece as duas coisas para seus alunos.
“Nós aqui da Viva trabalhamos muito o protagonismo juvenil. Temos algumas ações que são importantes para as applications deles, como trabalho voluntário, olimpíadas de diversas disciplinas, simulações estudantis, esportes, oficinas de leitura, escrita e atualidades e grêmio estudantil – atividades que revelam engajamento, liderança, autonomia, resiliência, além das habilidades e competências importantes para atividades acadêmicas. O outro aspecto que é valorizado nas cartas é o socioemocional dos jovens.”
Este ano, a escola aumentou inclusive a carga horária de inglês para 4 aulas de 65 minutos, divididas entre turmas de acordo com o nível de proficiência. Todos os anos, os estudantes do Ensino Fundamental e Médio fazem o TOEFL (certificado de língua inglesa), incorporado no programa pedagógico da instituição. Também é oferecido um simulado do SAT (teste norte-americano de avaliação escolar).
Em relação à organização e aos processos de inscrição, a escola mantém uma parceria de três anos com a empresa Daqui pra Fora, que faz consultoria com os alunos. “A vantagem é que eles são especializados nisso, então o Daqui pra Fora faz esse serviço e os alunos se sentem muito acolhidos”, finaliza.
Escola Viva – Fundada há 45 anos, na Vila Olímpia (SP), a Escola Viva é referência na formação de alunos com autonomia para construir suas próprias trajetórias. Enquanto os ensinos Infantil e Fundamental prezam pela formação integral e pelo desenvolvimento dos aspectos socioafetivos, o Ensino Médio promove a continuidade desse processo ao se aliar com práticas multidisciplinares que envolvem desde empreendedorismo até responsabilidade socioambiental, formando jovens preparados para os desafios do século XXI.
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
<::::::::::::::::::::>