Participação dos pais na vida escolar dos filhos melhora o aprendizado
Educadores reforçam o vínculo com os responsáveis, buscando aproximá-los do dia a dia dos estudantes; pesquisa da OCDE prioriza parceria entre escolas e famílias
Um levantamento recente, feito pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), apontou que priorizar os vínculos entre famílias e escolas é uma das políticas fundamentais para melhorar o ambiente de aprendizado. A conclusão da pesquisa é que se os pais não acompanham a rotina escolar do filho, o empenho nos estudos fica comprometido e o índice de faltas é maior.
A grande preocupação da escola, no início do ano letivo, é a semana pedagógica: como as crianças irão se comportar na adaptação e, principalmente, como será a gestão desse momento junto à família. Em 2020, Maria Aparecida Santos Henning resolveu trocar os filhos de escola. Logo no início, na Escola Atuação, a mãe do Pedro Henrique e do João Vitor se deparou com uma surpresa: uma reunião com a diretora da escola para contar, passo a passo, como será a rotina dos meninos.
Para Esther Cristina Pereira, diretora da instituição, os resultados dessas conversas podem ser vistos em pouco tempo. “Com as nossas reuniões no início das aulas, conseguimos antever alguns assuntos e explicar para os pais como serão as coisas. Temos muitos pais de primeira viagem, então contamos todo o processo de adaptação, interação, parte pedagógica e, assim, antecipamos a angústia e os medos das famílias pela mudança. Com os pais não tendo essa angústia, passam mais segurança para os filhos que, consequentemente, têm um melhor desempenho de aprendizado”, afirma.
Explicar os processos, as atividades, as mudanças de comportamento por faixa etária – Pedro, por exemplo, tem oito anos de idade, e Vitor tem três – e incentivar a maior participação dos pais no processo de educação dos filhos são temas cada vez mais trabalhados no ambiente escolar.
“Acho maravilhoso o apoio deles, ao mesmo tempo em que dão credibilidade para o que pensamos. Isso tudo, além de saber a rotina deles, traz muita segurança na escola, e nós pais precisamos disso”, diz Maria Aparecida.
Ellen Sarote, coordenadora da Escola Atuação, vê as reuniões como forma de oferecer mais tranquilidade para o desenvolvimento do trabalho por parte dos professores. “Com o passar dos anos, vemos que essa confiança vai ser cada vez mais firmada e, assim, desenvolvemos um trabalho único entre escola, professor, pais e aluno”, afirma.
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