Professores mostram dificuldade com salas multifuncionais
Pesquisa constata índice superior a 75% nessas condições e sinaliza caminhos para solução do problema
Pesquisa realizada pela pedagoga Paola Sales Spessotto Carvalho constata que professores que atuam em Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) enfrentam algumas dificuldades. Das 17 professoras envolvidas pelo estudo, 76,5% afirmaram passar por adversidades e as explicações sinalizam caminhos para que se tenha solução. Para 52,39% delas, o Atendimento Educacional Especializado (AEE) deveria ser trabalhado na formação inicial, sendo que 46,7% disseram que as Horas de Trabalho de Formação Contínua (HTFC) não têm contribuído suficientemente, por conta do horário reduzido para tratar de diferentes temas. Isso descaracteriza ações formativas, portanto, não contemplando a formação continuada.
O estudo feito por Paola no Mestrado em Educação da Unoeste, com orientação da Dra. Monica Fükotter, decorreu da perspectiva da inclusão de estudantes público-alvo da educação especial, com acesso a permanência, na rede regular de ensino. São estudantes com algum tipo de deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação; chamados de precoce, prodígio ou gênio. Cabe ao AEE identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade, a partir de necessidades específicas de tais estudantes, eliminando barreiras e viabilizando suas participações.
A defesa pública da dissertação sobre formação continuada e necessidades formativas dos professores das salas de recursos multifuncionais de escolas municipais do interior paulista, com questionário aplicado para 17 professoras, ocorreu nesta terça-feira (28). A banca examinadora foi composta pela orientadora e pelas doutoras Maria de Lourdes Zizi Trevizan Perez e Fernanda Cristina de Souza, convidada junto ao campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia em Presidente Epitácio. Paola foi aprovada para receber o título de Mestre em Educação.
Ensino especializado – Outra dissertação levada à defesa pública nesta terça-feira (28) junto ao Mestrado em Educação foi a do psicólogo Rodrigo Aparecido Engel, especialista em educação especial e inclusiva, sobre a autoeficácia docente e estratégias de ensino de professores de instituições de educação especial. A pesquisa compreendeu três estudos: revisão bibliográfica nacional de 20 artigos sobre o tema, análise de autoeficácia de professores e intervenções de formação continuada para esse fim, envolvendo dois grupos de professores pesquisados em uma Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) em cidade do interior paulista.
Na bibliografia estudada foi possível constatar a necessidade de estudos qualitativos sobre educação especial, já que não foram encontrados artigos com esse viés. Em relação à autoeficária dos professores, em suas atuações são mais impactantes a experiência vicária, experiência direta, persuasão social e estados fisiológicos ou afetivos. As intervenções, com oficinas e dinâmicas, possibilitaram avaliar o impacto da autoeficácia na prática pedagógica, com os resultados apontando para o fortalecimento da crença em buscar melhores resultados em suas atuações, levando os professores a utilizarem novas práticas pedagógicas.
Orientado pela também psicóloga Dra. Camélia Santina Murgo e avaliado pelas doutoras Danielle Aparecida do Nascimento dos Santos e Maria Celeste da Rocha Simões, Engel foi aprovado para receber o título de Mestre em Educação. A participação da avaliadora Celeste foi por vídeo conferência direto de Portugal; onde atua como professora pesquisadora vinculada à Universidade de Lisboa (Unilisboa), parceira de pesquisa da Dra. Camélia no Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Educação da Unoeste que, além do mestrado, neste ano passa a ofertar doutorado.
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