Tendência na educação, pesquisa aborda estudante como protagonista
Denise Alessi Delfim de Carvalho acredita em uma educação transformadora; estudo do mestrado em Educação teve como foco o ensino infantil
Apostando em uma forte tendência em educação, Denise Alessi Delfim de Carvalho, desenvolveu como parte de seus estudos no Programa de Mestrado em Educação da Unoeste a dissertação intitulada “Pedagogia de projetos na educação infantil: os significados na organização do espaço escolar”.
De acordo com Denise, que é pedagoga e docente da Unoeste, o objetivo é defender uma educação transformadora, onde o estudante se torna protagonista da própria aprendizagem com a mediação do professor. “O docente deixa de ser autoridade e detentor do saber na sala de aula e dá chances para o aluno trazer o conhecimento que ele tem de mundo para relacionar com os conteúdos trabalhados”, explica.
A pesquisa foi realizada em uma escola particular de Presidente Prudente e participaram da experiência cinco professoras de educação infantil e 82 estudantes das séries em que as atividades dos projetos foram desenvolvidas. “Foram realizados quatro encontros para a tematização da prática, utilizando como recursos a filmagem das atividades didáticas desenvolvidas. Pensando em pedagogia de projetos, muitas vezes o professor tem medo de não ter recursos para o trabalho. Meu objetivo foi mostrar que muito pelo contrário, esta é uma mudança que tem que vir de dentro pra fora, é este docente que sente a necessidade de se tornar parceiro de seu aluno para se inserir nessa nova forma de ver a sala de aula. Então, o recurso a ser trabalhado é exatamente aquele que a escola já possui, não há a necessidade de grandes estruturas físicas para o aluno ser protagonista de seu próprio conhecimento”, salienta.
A pedagoga revela que escolheu este tema justamente por acreditar que o estudante do século 21, em um contexto em que a pedagogia tradicional ainda é muito forte, não se adequa mais a este cenário. “Os professores precisam ter mudanças de postura e nova forma de enxergar a educação, isso desde os pequenos até os jovens e adultos da graduação. Foi-se a época em que só o professor falava. As aulas têm que ser dinâmicas, os estudantes precisam ser participativos e se sentir valorizados dentro da sala de aula, pois temos que trabalhar não somente os conceitos, mas o atitudinal também. Ou seja, a valorização do que o aluno já sabe para a partir dali alimentar novos conhecimentos”, fala.
Para a orientadora, a Dra. Danielle Aparecida dos Santos, o trabalho teve grandes resultados não somente pela ótima escolha e excelente execução durante todo o processo, mas principalmente porque a mestranda mostrou desde o início sua paixão pelo assunto e pela pesquisa. “A Denise é apaixonada pela educação e não é daqueles estudantes que buscam somente o título e acabam por escolher temas mais fáceis. Ela escolheu um assunto complexo e difícil de ser trabalhado e isso mostra a pesquisadora que ela é, uma profissional que não mediu esforços para chegar aos resultados que presenciamos nesta apresentação”, revela.
A defesa pública ocorreu na tarde dessa quarta-feira (22), no campus II, pelo Programa de Mestrado em Educação da Unoeste. Orientada por Danielle, a banca examinadora teve ainda a participação da Dra. Raquel Rosan Chistino Gitahy e da Dra. Sannya Fernanda Nunes Rodrigues, docente convidada da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), que na ocasião participou por videoconferência.
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