Pesquisa comprova que qualidades e habilidades da parte mais velha da população são essenciais para o desenvolvimento dos jovens
Com o aumento da expectativa de vida, há cada vez mais idosos nas famílias brasileiras, e isso é excelente para o desenvolvimento das crianças e também beneficia os mais velhos. De acordo com pesquisas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os homens viviam em média 43 anos e a mulher, 48 na década de 1940. Já o último censo, realizado em 2016, revelou que esse número aumentou para 72,2 e 79,4, respectivamente.
De acordo com um relatório da Universidade de Stanford quando jovens e adultos mais velhos interagem, o senso de propósito e os benefícios dessa relação são fortalecidos para os dois lados. Para os pesquisadores de Stanford, estimular o contato entre crianças e idosos é positivo tanto para os mais novos, que recebem a atenção e orientação que precisam, e também para os mais velhos, que além de contribuir com o desenvolvimento das crianças por meio de suas experiências, também aprendem outras habilidades, como o uso de novas tecnologias, por exemplo.
Isso foi comprovado pela turma do 1º ano do Colégio Marista Londrina. A partir da pergunta “todas as pessoas são felizes?”, os alunos decidiram conhecer de perto como é a vida dos idosos nos asilos para responder a essa questão. Eles visitaram o Asilo São Vicente de Paulo e puderam conhecer e trocar informações com os moradores do lar.
De acordo com a professora do Colégio Marista Londrina, Rafaela Balduino Silva, a experiência foi rica para todos os envolvidos. Para promover a interação, as crianças levaram jogos e atividades para interagir com os idosos. “Eles compartilharam experiências e saíram com outra visão do asilo e do cuidado que é provido aos mais velhos”, contou. Isso aproximou as crianças, com idades entre 6 e 7 anos, de uma realidade muitas vezes distante. “Notamos que o respeito e a atenção dos estudantes com os idosos mudaram depois dessa visita”, observou Rafaela.
Já em Curitiba (PR), o exemplo veio do Colégio Marista Paranaense. Lá, a motivação foi o questionamento sobre o uso de tecnologias e como isso afeta positiva ou negativamente as famílias. Além dos debates e compartilhamentos de histórias entre os alunos do 5º ano, a turma decidiu agir e contribuir com a comunidade. Eles foram até o Lar dos Irmãos Maristas, na capital, para ensinar um pouco das novas tecnologias para os mais velhos. A professora Luciana Coraiola, responsável pelo projeto, conta que foi uma experiência diferente e que trouxe grande aprendizado para todos. “Os alunos levaram tablets com jogos desafiadores para ensinar aos irmãos do Lar, mas também ganharam uma apresentação de gaita muito emocionante de um dos moradores. Foi indescritível”, conta Luciana.
Para Laura Carstensen, professora de Psicologia de Stanford e autora da pesquisa, jovens necessitam de habilidades emocionais para se desenvolver ao longo da vida. E isso é repassado, em geral, pelo exemplo de familiares ou adultos significativos para eles. “Habilidades como pensamento crítico e interação social são contribuições importantes dos idosos para as gerações mais jovens. O papel dos pais é importante, claro, mas ter um mentor é algo de grande valia para o desenvolvimento de qualquer criança”, analisa.
Sobre a Rede Marista de Colégios
A Rede Marista de Colégios (RMC) está presente no Distrito Federal, Goiás, Paraná, Santa Catarina e São Paulo com 18 unidades. Nelas, os mais de 25 mil alunos recebem formação integral, composta pela tradição dos valores Maristas e pela excelência acadêmica. Por meio de propostas pedagógicas diferenciadas, crianças e jovens desenvolvem conhecimento, pensamento crítico, autonomia e se tornam mais preparados para viver em uma sociedade em constante transformação. Saiba mais em www.colegiosmaristas.com.br.[
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