Os riscos iminentes dentro da escola podem ser neutralizados quando corretamente identificados. É necessário avaliar todos os aspectos que devam ser melhorados para aprimorar os mecanismos de segurança e minimizar qualquer tipo de risco ao qual os alunos possam estar expostos.

Mas, como aplicar esse conceito para tornar uma escola mais segura? É grande o número de acidentes envolvendo, principalmente, crianças que são causados por ferimentos graves como esmagamento de dedos e até amputações, gerando situações traumáticas para a pessoa e seus familiares. Isso pode acontecer devido ao fechamento súbito de portas de madeiras, por exemplo. Hoje, existe no mercado um dispositivo de segurança desenvolvido para evitar acidentes com as mãos e dedos, que deve ser instalado entre a porta e/ou janela e/ou algo similar (articulado por dobradiças) e o seu batente, evitando que essa se feche causando acidente.

Tal medida de segurança ganha ainda maior relevância levando-se em consideração o número expressivo de acidentes dessa natureza. Estima-se que por ano, e somente em Londres, uma população de crianças, equivalente a 60 mil pessoas esmaguem seus dedos. Entre elas, 20% precisam passar por cirurgia, de acordo com dados da Royal Society for the Prevention of Accidents (ROSPA), tradicional e importante entidade do Reino Unido, reconhecida por suas práticas e realizações seguras de trabalho.

Lesões nas mãos e nos dedos podem trazer muitas dificuldades na vida das pessoas, fato que é agravado quando ocorre a amputação de um dedo. Além da perda significativa das funções manuais, deve-se considerar o trauma ocasionado na criança, podendo carregar problemas sociais e psíquicos para a vida adulta. Outro ponto a ser considerado diz respeito a indenizações por esse tipo de acidente, que ultrapassam a casa dos milhões de dólares no mundo. Prevenir o acidente é sempre o melhor caminho.

Cláudio Piovesan, administrador e idealizador da Travamiga, dispositivo de segurança desenvolvido para evitar acidentes com as mãos e dedos causados pelo fechamento súbito de portas de madeiras. A ideia surgiu a partir de um acidente com uma criança de 5 anos, numa escola, sediada em São Paulo, que teve o dedo amputado por uma porta.