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Consumo de alumínio no Brasil alcança recorde histórico

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Luiza Leão
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(Foto: Anton Dmitriev/Unsplash) (Foto: Anton Dmitriev/Unsplash)

Em 2024, setores como construção civil e eletricidade puxam alta de 13,5% no mercado, que chegou a 1,8 milhão de toneladas

O consumo de produtos de alumínio no Brasil atingiu um patamar inédito em 2024, impulsionado pela demanda aquecida em setores estratégicos como construção civil, eletricidade e transportes. Segundo o levantamento da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), foram consumidas 1,8 milhão de toneladas no país – um crescimento expressivo de 13,5% em relação ao ano anterior quando o volume consumido foi de 1,6 milhão de toneladas.

“O resultado reforça o papel estratégico do alumínio como material essencial à infraestrutura, à industrialização e à transição energética do país”, destaca Janaina Donas, presidente-executiva da ABAL. “Trata-se de um insumo importante, de alta circularidade, elevado desempenho e múltiplas aplicações em setores críticos e importantes para a economia”, acrescenta a executiva.

Entre os segmentos que mais impulsionaram essa alta, o destaque foi para a construção civil, com avanço de 21,9% na demanda de produtos de alumínio. A combinação entre maior concessão de crédito imobiliário, retomada de projetos financiados pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e a busca por edificações mais sustentáveis e eficientes tem favorecido o uso do alumínio em fachadas, esquadrias e sistemas de ventilação, devido às suas propriedades de durabilidade e leveza.

Outro protagonista do crescimento foi o setor de eletricidade, que registrou expansão de 20,7%. A expectativa de investimentos robustos em novas linhas de transmissão, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, tem impulsionado a demanda por cabos de alumínio – devido à sua alta condutividade elétrica, menor peso, permitindo menores custos de instalação e manutenção de redes elétricas.

“O fato de o Brasil contar com ativos estratégicos para o fortalecimento de uma cadeia produtiva altamente verticalizada, que tem grande parte da produção voltada ao atendimento da demanda interna, se consolida como uma vantagem competitiva relevante. Essa estrutura integrada é o que confere maior resiliência ao setor, garantindo segurança de suprimento, reduz a exposição a choques externos e fortalece a capacidade de resposta diante de crises, como as vivenciadas em cenários desafiadores, como os que estamos vivendo, marcado por uma série de tensões geopolíticas no cenário global e de disputas tarifárias”, diz Janaina.

Outros setores, como Máquinas/Equipamentos, Transportes, Bens de Consumo e Embalagens, também contribuíram de forma significativa:

Máquinas/Equipamentos: a alta de 17,8% reflete um movimento de formação de estoques e de preparação da indústria para atendimento de uma demanda mais robusta de diversos setores.

Transportes: crescimento de 15,6%, impulsionado pela produção de ônibus escolares em atendimento do programa federal “Caminhos da Escola” e pela renovação da frota de caminhões e implementos rodoviários.

Bens de consumo: avanço de 9,5%, em linha com o aumento da demanda por eletrodomésticos como refrigeradores e aparelhos de ar-condicionado, impulsionada por questões climáticas e por mudanças de comportamento, como o home office, que intensificou a compra de refrigeradores e aparelhos de ar-condicionado.

Embalagens: aumento de 8,4%, sustentado pela recuperação do poder de compra das famílias, resultado da recuperação do mercado trabalho que contribuiu para a melhora dos indicadores do setor de alimentos e bebidas.

Perspectivas para 2025

Apesar de sinais de desaceleração no crédito, a ABAL projeta um cenário de crescimento, ainda que mais moderado no consumo doméstico de produtos de alumínio, com destaque para a continuidade da demanda em cabos elétricos e fundição.

O setor segue atento aos impactos de curto e médio prazo das medidas tarifárias recentemente anunciadas pelo governo dos Estados Unidos sobre o alumínio, que podem provocar reconfigurações nas cadeias globais de suprimento. Embora o momento inspire cautela na articulação de respostas comerciais, é fundamental que o país evite ceder a movimentos oportunistas e preserve o equilíbrio competitivo da indústria nacional.

A trajetória recente do setor tem demonstrado resiliência e capacidade de adaptação, em um esforço contínuo para reverter os efeitos da desindustrialização acumulada nas últimas décadas. Os investimentos em reativação e expansão da capacidade produtiva evidenciam o compromisso da indústria brasileira do alumínio com o fortalecimento de sua base industrial – movimento que encontra paralelo nas estratégias industriais adotadas por países como Estados Unidos e União Europeia.

Diante desse cenário, a ABAL reforça a importância de avançar em uma agenda de políticas públicas voltadas à valorização da produção nacional e ao aproveitamento das vantagens competitivas do Brasil, como a disponibilidade de recursos naturais, matriz energética renovável, cadeia produtiva integrada e expansão da capacidade de reciclagem do país.

Sobre a ABAL

Fundada em maio de 1970, a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) representa todos os elos da cadeia produtiva do metal, da mineração de bauxita às aplicações do alumínio, incluindo a sua reciclagem. Entre outras atividades, produz e divulga as estatísticas do setor, auxilia na elaboração e na aplicação de normas técnicas, gera e difunde conhecimento sobre o alumínio, incentiva seu uso, além de contribuir com a capacitação profissional do setor. A ABAL trabalha por uma indústria do alumínio cada vez mais competitiva, inovadora, sustentável e integrada.


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