Estratégias para contornar a escassez de água
IrrigaPote: Tecnologia Social certificada pela Fundação Banco do Brasil - Acervo projeto IrrigaPote
Fundação Banco do Brasil apoia sistemas agroflorestais e tecnologias sociais que favorecem a preservação e o uso sustentável da água
A Renata Campos é administradora e decidiu trocar o emprego em uma rede de supermercados para se dedicar ao cultivo de produtos orgânicos numa pequena propriedade em Tucuruí, no Pará. “Essa é minha paixão”, revela. Ela estudou, fez pesquisas e cursos para produzir de forma sustentável. “Aprendi a cuidar do solo, fazer compostagem, utilizar o sistema agroflorestal, a plantar sem o uso de agrotóxicos”. Ela só não contava com um obstáculo: a falta de água. “Com a seca no verão acabei perdendo boa parte da plantação”, conta.
Mas ela não desistiu. Fez mais pesquisas, buscou ajuda, foi atrás de parcerias e trocou conhecimentos com outros produtores e especialistas. Com o apoio da promotora de Justiça Agrária Alexssandra Mardegan, do Ministério Público do Pará, e da pesquisadora Lucieta Guerreiro Martorano, da Embrapa Amazônia Oriental, foi implantada na propriedade da Renata uma tecnologia simples e de baixo custo, denominada IrrigaPote, para armazenar água da chuva e garantir a irrigação da plantação, mesmo nos períodos de estiagem. “O método é tão simples que chegamos a duvidar se realmente funcionaria. Mas a técnica deu certo e resolvemos levar a solução a outros agricultores familiares e pequenos produtores da região que sofriam com o mesmo problema”.
A Tecnologia Social IrrigaPote foi certificada em 2024 pela Fundação Banco do Brasil. Essa metodologia consiste em armazenar água pluvial durante o período chuvoso e distribuí-la de maneira eficiente para potes de argila enterrados no solo. Por meio de calhas instaladas nos telhados, a água é captada e direcionada para um cano enterrado no solo. Esse cano se estende até a área de cultivo e conectores mantêm o fluxo hídrico controlado por meio de uma boia instalada na tampa do pote, assegurando que esteja sempre abastecido de forma autônoma. “Quando o solo está seco, as raízes das plantas procuram a água na parede externa dos potes, possibilitando uma absorção precisa para atender às suas demandas hídricas”, explica Renata.
“As Tecnologias Sociais certificadas pela Fundação Banco do Brasil são soluções inovadoras que efetivamente promovem a transformação social. Esse conjunto de técnicas combinam o saber popular, a organização social e o conhecimento científico, sendo de baixo custo, sustentáveis e de fácil adoção pelas comunidades”, esclarece Kleytton Morais, presidente da Fundação BB.
Recuperação de áreas degradadas
Segundo a Organização das Nações Unidas - ONU, a escassez de água afeta mais de 40% da população mundial. Para Kleytton Morais, o trabalho de formação em práticas sustentáveis e de fortalecimento de comunidades rurais é uma das estratégias essenciais para a manutenção dos serviços ecossistêmicos, preservação das águas e contenção da degradação ambiental e social.
Recuperar uma área degradada devido ao monocultivo de eucalipto era o desafio da Tania Aguiar e dos demais agricultores familiares do assentamento Canaã, localizado na região da bacia do Alto Descoberto, no Distrito Federal. “Esta área é responsável por boa parte do abastecimento de água do Distrito Federal. Por isso, a preservação do meio ambiente aqui é de suma importância”, reforça Tania.
Além do empobrecimento do solo, o monocultivo prolongado gerou erosão e o assoreamento de cursos d'água, comprometendo o abastecimento na região. Para mudar a realidade do local e garantir a preservação da bacia foi criado o projeto “Comunidades Agroflorestais - Plantando Água e Tecendo Vidas”. “Hoje trabalhamos para regenerar o solo, reflorestando com plantas nativas, fazendo o manejo de sistemas agroflorestais e produzindo sem agrotóxicos. Nosso objetivo é contribuir com a manutenção da bacia do Alto Descoberto, pois sem ela não temos água, e sem água não tem produção e não tem abastecimento para a cidade”, observa.
A Fundação Banco do Brasil realizou um investimento social de R$ 1,8 milhão neste projeto que promove a formação teórico-prática em agroecologia e contribui para a recuperação de áreas produtoras de água nas bacias do rio Paranoá e do Alto Descoberto. “As ações adotadas pelo projeto têm repercussão na gestão sustentável das bacias, fortalecendo, assim, a segurança hídrica, alimentar, climática e energética e a integridade ecológica da capital federal do Brasil”, diz o presidente da Fundação BB.
Sobre a Fundação BB
Há 40 anos, a Fundação Banco do Brasil busca inspirar cada brasileiro a se tornar um agente de transformação da sociedade. A instituição acredita na força do coletivo para encontrar soluções viáveis na superação dos desafios e promoção do desenvolvimento sustentável. Nos últimos 10 anos, foram investidos R$ 2,7 bilhões em 10 mil iniciativas que impactaram positivamente a vida de 6,8 milhões de pessoas de 3.400 municípios.
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