Monitor das Doações registra 700 milhões de reais em 2024 com maior parte das doações sendo emergenciais
Valor aumentou em mais de R$ 300 milhões e número de doadores também cresceu comparado ao ano de 2023
O volume de doações no Brasil cresceu em 2024, mas ainda está longe de ser o ideal. De acordo com o Monitor das Doações, foi registrado um aumento de R$ 317.107.992, totalizando R$ 796.277.454 no ano. O país conta com mais de 890 mil organizações sem fins lucrativos, de acordo com o Mapa das OSC, grande parte delas dependente de doações para manter suas atividades. O número é maior do que o de 2023, quando o país teve uma queda de cerca de 70% em relação a 2022, ano em que iniciou-se o monitoramento. A iniciativa é da Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), com o apoio do Grupo de Institutos Fundações e Empresas (GIFE) e contabiliza doações anunciadas publicamente com valor igual e/ou superior a R$ 3 mil.
Outro número positivo é a quantidade de doadores, que também aumentou, passando de 159 para 209. O crescimento de cerca de 31% pode indicar que a solidariedade alcançou um maior número de pessoas. Entre os principais doadores do ano, estão a Gerdau, como maior doadora, com mais de R$ 74 milhões, seguido do Banco do Brasil e o Instituto Ling, com mais de R$ 50 milhões cada. Entre as pessoas físicas, destacam-se nomes como Gislaine Rosa, o professor Stelio Marras e Neymar, respectivamente.
Mas ao analisarmos o Monitor, a maior parte das doações foram emergenciais, a fim de auxiliar na crise climática que afetou o Rio Grande do Sul, no mês de maio de 2024. O estado foi também o que recebeu mais doações, sendo 361, que representam mais da metade do total realizado e somam R$ 420.291.872,00. “O Monitor trouxe esse ano um retrato claro da solidariedade brasileira. É comum nos mobilizarmos em momentos de grandes emergências, como nas enchentes do sul ou como na pandemia, uns anos atrás. O grande desafio é conseguir tornar essa prática regular, fazendo com que as doações estejam cada vez mais no dia a dia das pessoas”, afirma Fernando Nogueira, diretor-executivo da ABCR.
Doações baixas impactam negativamente
Dentre as mais de 800 mil OSCs existentes no Brasil, uma boa parte delas (31%) vive com menos de 5 mil reais por ano, segundo uma pesquisa realizada pela Iniciativa PIPA. O estudo ainda revelou que os recursos são centralizados no eixo Rio-São Paulo, e que quando atingem as outras regiões, ficam nas capitais e não chegam às periferias ou em áreas de vulnerabilidade socioeconômica. Quando uma organização pequena deixa de receber doações, tanto de pessoas físicas quanto de jurídicas, as contas passam a trabalhar sempre no limite, trazendo prejuízos a longo prazo.
O baixo número de doações impacta automaticamente na quantidade de pessoas atendidas e beneficiadas, animais não acolhidos e até alimentos ou itens de higiene não repassados. A falta de investimento também acaba atrapalhando o trabalho que já é feito, pois desta forma, os gestores e líderes não conseguem se capacitar para que o trabalho siga sendo feito de forma profissional e contínuo, além da diminuição de contratos fixos de trabalho e a atuação apenas voluntária.
“As doações de pessoas e empresas são fundamentais para manter as organizações, suas equipes e projetos. São elas que tornam as OSCs capazes de provocar impacto e combater desigualdades. Os problemas sociais no Brasil são muitos, e por isso é fundamental incentivar o crescimento da generosidade na população”, complementa Fernando.
Como aumentar a cultura de doação no Brasil?
Para que as organizações não tenham que diminuir seu impacto ou até mesmo atuar com as contas no vermelho, o fortalecimento da cultura de doação no país é uma grande aliada. Existem diversas formas de fazer isso, mas principalmente, incentivando colegas, amigos e familiares. As doações precisam acontecer consecutivamente, pois todos os dias, pessoas, animais e famílias diferentes necessitam de apoio, sendo assim, uma atitude que precisa ser recorrente.
Algumas formas de fazer isso incluem usar as redes sociais para compartilhar informações sobre as doações, como postar fotos ou atualizações das organizações. Escrever postagens que contam histórias de doação e mostram como a solidariedade impacta vidas também é importante. Além disso, estar preparado para responder perguntas e questionamentos é uma ferramenta poderosa, pois a transparência e a informação aumentam a confiança de um possível doador.
Informe sua doação
Além de acompanhar as notícias públicas sobre doações em jornais, revistas, entre outros meios, o Monitor das Doações também oferece a possibilidade de os doadores informarem diretamente as contribuições filantrópicas para que elas sejam inseridas. Para tornar pública a doação e o nome de quem doa é necessário enviar um e-mail para contato@diadedoar.org.br com informações sobre a doação (ou doações) e o valor.
Sobre a ABCR
A ABCR (Associação Brasileira de Captadores de Recursos) (https://captadores.org.br) reúne e representa os profissionais de captação, mobilização de recursos e desenvolvimento institucional, que atuam para as organizações da sociedade civil no Brasil. Lidera campanhas, eventos e uma série de outras iniciativas de fortalecimento do setor e de apoio a quem atua por uma sociedade mais justa e democrática.
Sobre o GIFE
O GIFE - Grupo de Institutos, Fundações e Empresas - é uma plataforma de fortalecimento da filantropia e do investimento social privado no Brasil. Promove espaços de diálogo e colaboração entre as organizações, produz e compartilha conhecimento a partir de pesquisas, análises e debates, buscando referências inovadoras para o constante aprimoramento da atuação dos associados e para o fortalecimento do setor.
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