Paris 2024 lança um novo padrão de sustentabilidade para os Jogos Olímpicos
De acordo com Gustavo Loiola, a construção de estruturas temporárias eficientes em termos energéticos e a utilização de materiais mais limpos merecem destaque nas ações de sustentabilidade desta edição dos Jogos Olímpicos
As Olimpíadas de 2024 marcam um ponto de virada na história dos Jogos Olímpicos, com a sustentabilidade sendo o pilar central da estratégia desde o início. Ao contrário de edições anteriores, Paris se destaca ao priorizar a mitigação dos impactos ambientais desde o início de sua organização, estabelecendo novos padrões para eventos esportivos globais.
De acordo com Gustavo Loiola, especialista em sustentabilidade e ESG, um dos pontos mais inovadores foi a construção de estruturas temporárias eficientes em termos energéticos e a utilização de materiais mais limpos. “Essas estruturas temporárias são benéficas pois não se tornam 'elefantes brancos', ou seja, grandes instalações com pouca ou nenhuma utilidade após os jogos”, explica. “Além disso, a Vila Olímpica foi projetada para reduzir o consumo de energia, demonstrando um compromisso com práticas de construção sustentáveis que podem ser replicadas em futuras edições dos jogos”, diz.
A despoluição do Rio Sena é outro grande exemplo do legado ambiental dos Jogos Olímpicos de Paris. “Apesar do aumento inesperado do volume de chuvas que adiou algumas competições, o esforço de limpar o rio não deve ser desmerecido. Pelo contrário, a decisão de priorizar a sustentabilidade desde a concepção dos jogos até sua execução estabelece um novo padrão que merece ser celebrado e reconhecido”, afirma.
O especialista destaca ainda que esta edição das Olimpíadas é a prova de que é possível organizar um evento de grande escala com foco central na sustentabilidade. “Este exemplo deve servir de inspiração e estabelecer um precedente para todas as futuras cidades-sede dos Jogos Olímpicos”, reforça.
Para os Jogos Olímpicos de 2028, em Los Angeles, espera-se que a sustentabilidade seja não apenas um foco, mas um compromisso inegociável. “Precisamos considerar todas as dimensões das mudanças climáticas e suas interconexões, não apenas em épocas de eventos internacionais, mas como uma prática contínua e essencial para o nosso futuro coletivo”, complementa Gustavo Loiola.
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