Coube à balança comercial, que teve saldo positivo de US$ 6,742 bilhões e alta de 46% sobre o mesmo mês de 2016 (desempenho recorde para o mês), dar musculatura ao superávit nas transações correntes de abril. Este desempenho da balança comercial neutralizou os impactos da alta de remessa de juros- subiu 67% no mês sobre um ano antes, para US$ 2,301 bilhões- e o envio de lucros e dividendos para o exterior, com alta de 63%, para US$ 944 milhões.

Em abril, também os gastos líquidos de brasileiros no exterior mantiveram a trajetória de alta, com crescimento de 51% sobre abril do ano passado, alcançando US$ 908 milhões.

Nos primeiros quatro meses do ano, o déficit em transações correntes teve retração de 51% sobre mesmo período de 2016, a US$ 3,5 bilhões. Em 12 meses, o déficit em transações correntes caiu a 1,06% do Produto Interno Bruto (PIB). A previsão do BC é de que, no consolidado, o déficit em transações corrente some US$ 30 bilhões.