Cenários para o setor de saúde suplementar
Diretor-executivo da FenaSaúde participa de debate sobre o futuro do segmento
O diretor executivo da FenaSaúde, José Cechin, ao microfone, ao lado do presidente da ANS, José Carlos Abrahão (ao centro) e o economista chefe do Bradesco, Fernando Honorato Barbosa
‘O futuro da saúde: como o setor está se preparando?’ foi o tema do debate realizado, nesta segunda-feira, dia 13, durante a 1ª edição do Hospital Summit – evento que acontece entre 13 e 15 de março, em São Paulo. O encontro promovido pela a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) tem como objetivo debater a gestão de instituições hospitalares.
O diretor executivo da FenaSaúde, José Cechin, participou de um talk show, que contou com com apresentações do economista chefe do Bradesco, Fernando Honorato Barbosa; e do diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), José Carlos Abrahão.
Em seus comentários, Cechin destacou os principais desafios do setor, como o crescimento acelerado dos custos. De acordo com o executivo, entre 2007 e 2016, as despesas assistenciais per capita tiveram crescimento de 158,74%, enquanto o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) cresceu 74,74%. “Esse cenário coloca os pagadores de planos e seguros de saúde contra seus limites financeiros e a continuar inviabilizará a sustentabilidade do setor de saúde suplementar”, afirmou Cechin.
Envelhecimento populacional e novas tecnologias foram outros temas abordados pelo diretor-executivo da FenaSaúde. “Incorporação tecnológica médica e inclusão de procedimentos não podem ser feitas sem critérios de custo-benefício. Também se recomenda, como maneira de proteger os consumidores, que as incorporações respeitem a capacidade e disposição a pagar dos compradores dos planos. Nessa quadra difícil da crise econômica, muitas operadoras não dispõem de escala que suporte a diluição dos riscos”, argumentou.
Ainda segundo Cechin, o setor está mobilizado para debater novos modelos de remuneração, uma vez que o modelo atual, o fee-for-service, estimula o desperdício e não trata a saúde do paciente de forma integrada. “Arranjo de remuneração na maioria dos países varia de acordo com o nível de atenção à saúde. Um só modelo não é capaz de lidar com a complexidade do setor”, explica. Debate igualmente importante deve se dar sobre novos modelos de produtos, como forma de se colocar à disposição dos consumidores planos que caibam em suas possibilidades econômicas. “É obscurantismo recusar-se ao debate, opor-se a ideias novas sem conhecê-las adequadamente, como se viu em alguns casos”, afirmou.
Durante os três dias de evento, ainda serão debatidos: perspectivas para a saúde em 2017; engajamento no setor hospitalar; gestão de pronto-atendimento (PA); relacionamento sustentável com operadoras de planos de saúde; governança tático-operacional; eficiência operacional; e administração de fluxo de caixa e planos de negócios.
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