Mais cor para a vida - Empreendedora mineira encontra realização profissional ajudando a resgatar a autoestima das pessoas
O desejo de dar um novo rumo à carreira impulsionou a enfermeira Liana Brito, 44 anos, a buscar uma nova profissão. Depois de 20 anos trabalhando com saúde – os últimos 13 na área comercial de uma indústria farmacêutica -, Liana decidiu buscar “algo diferente”. Há um ano resolveu parar e refletir sobre a mudança que estava em curso. Passou cinco meses no exterior, fez planejamento de carreira e voltou com uma ideia. “Queria fazer algo que trouxesse resultado para a autoestima das pessoas”, conta.
Foi então que uma amiga apontou qual caminho seguir, que ia ao encontro das habilidades paramédicas de Liana. “Ela me sugeriu atuar com micropigmentação, um processo de implantação de pigmentos na primeira camada da pele”, lembra. Quando usada para fins de maquiagem, essa técnica é conhecida como micropigmentação estética. E quando aplicada para correção estética pós-cirúrgica, como na reconstrução da aréola de seios mastectomizados ou na camuflagem de cicatrizes, é chamada de dermopigmentação paramédica.
Uma outra habilidade de Liana, adormecida por conta das antigas e tumultuadas agendas profissionais, também foi decisiva na escolha da nova profissão. Natural de Patos de Minas, região do Alto Paranaíba, Liana, ainda criança, aprendeu a técnica de pintura a óleo sobre tela. Frequentou escola de artes e até os 18 anos, quando ingressou na faculdade em Belo Horizonte, desenhava e pintava regularmente. “Era um momento para eu me desconectar do mundo, mas por conta da carreira negligenciei esse hobby”, diz.
Os conhecimentos na área de saúde, aliados à sensibilidade artística, conferem à Liana diferenciais em um mercado que não exige formação mínima dos profissionais. Para se capacitar nas técnicas de micropigmentação, ela fez três cursos em São Paulo e buscou uma certificação internacional. “Meu conhecimento permitiu que eu associasse produtos de uso hospitalar ao ambiente de micropigmentação, garantindo maior segurança ao procedimento. Também procurei me capacitar em programas com alto nível de excelência, para aplicar as técnicas com qualidade.”
Em dezembro de 2016, Liana, já formalizada na categoria de Microempreendedor Individual (MEI), abriu sua clínica no bairro Santa Efigênia, região hospitalar da capital mineira. “Antes de montar meu espaço, fiz uma pesquisa de mercado, visitei vários médicos e vi que a dermopigmentação paramédica é uma área carente e que apresenta oportunidades para um trabalho diferenciado”, explica.
Liana se preparou para atender esse nicho de mercado. Buscou orientação para se formalizar no Sebrae e investiu na identidade visual de seu negócio. Criou folder, está montando site e fez um plano de atendimento específico para pacientes que passaram por tratamento de câncer de mama. Ela criou uma tabela com quatro opções de pagamentos, sendo uma delas doação. “É o cliente que vai decidir quanto vai pagar, de acordo com suas condições”, diz.
A empresária diz que essa iniciativa tem a ver com sua vontade de fazer um trabalho mais humano. Além da questão social, Liana se atém a aspectos emocionais dos clientes, o que não é tão comum em um mercado que lida com a estética. “Às vezes o paciente chega ansioso, deprimido, muitas vezes vindo de uma cirurgia eletiva. Preciso perceber suas emoções e avaliar sua saúde antes de fazer um procedimento”, pondera.
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