Com nova fase, ANS expande Projeto Parto Adequado
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deu início à segunda fase do Projeto Parto Adequado, iniciativa desenvolvida em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein e o Institute for Healthcare Improvement (IHI) que visa reduzir cesáreas desnecessárias e melhorar o atendimento a gestantes e bebês. Nessa nova etapa, o número de hospitais participantes foi ampliado para 153 – sendo 128 privados e 25 públicos. A iniciativa também envolve a participação de 65 operadoras de planos de saúde. Com isso, a ANS espera expandir, para o conjunto do sistema de saúde, os impactos positivos provocados pelo projeto durante a fase piloto.
Nesta segunda-feira (06/03), foi realizada a primeira reunião com o grupo de participantes. Na oportunidade, a ANS, o Einstein e o IHI lembraram as principais conquistas da primeira fase do projeto, que chamou a atenção inclusive da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 18 meses, a taxa de partos normais aumentou mais de 40% entre os 35 participantes. Como consequência, mais de dez mil cesáreas sem indicação clínica e 400 admissões de bebês em UTI neonatal foram evitadas.
Confira os resultados da fase 1.
“O projeto Parto Adequado alcançou resultados muito expressivos e satisfatórios para o grupo de hospitais que participou da fase piloto. Essa experiência mostrou que, mesmo em um curto espaço de tempo, é possível mudar o modelo assistencial, qualificando a atenção ao parto e nascimento e reduzindo as intervenções cirúrgicas desnecessárias”, avalia a diretora de Desenvolvimento Setorial da ANS, Martha Oliveira. “Agora, a partir dos aprendizados e da evolução observados nessa primeira etapa, estamos ampliando a iniciativa para aumentar a escala e o impacto das ações, contribuindo para reverter os indicadores que transformaram o Brasil no país campeão de cesáreas”, explica.
Nesta segunda fase, as medidas serão desenvolvidas ao longo de dois anos. Durante esse período, os parceiros do projeto acompanharão as ações para avaliar como está sendo o desempenho dos hospitais. Além do percentual de partos vaginais, são analisados outros indicadores importantes de saúde, como admissões em UTI neonatal, satisfação da gestante com a equipe e com o estabelecimento de saúde, taxa de eventos adversos (complicações inesperadas) e índice de severidade.
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