ABSCM criará fundo de investimento para ampliar acesso a funding e atender micro e pequenas empresas
A meta é captar R$ 60 milhões de investidores qualificados e beneficiar, inicialmente, mais de 130 mil microempresários de todo o Brasil, proporcionando taxas competitivas, além de impulsionar novos negócios no País
A ABSCM (Associação Brasileira das Sociedades de Microcrédito), fundada em 2000, com sede no Rio de Janeiro, anuncia a entrada do projeto para a constituição de um FIDC - Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, no escopo do Plano de Cidadania Financeira do Banco Central do Brasil. A aplicação está enquadrada no grupo 1, para apoiar a inclusão financeira de pequenos negócios, onde o Microcrédito é o principal canal de financiamento.
Já que este tipo de instituição financeira denominada SCMEPPs (Sociedades de Crédito ao Microempreendedor e às Empresas de Pequeno Porte) não pode receber aporte público e captar dinheiro do mercado, somente recorrer aos bancos e agências de fomento por regra do BACEN, a ABSCM encontrou uma maneira de minimizar isso e alavancar mais negócios pelo País.
O fundo de antecipação de créditos terá a meta de captar R$ 60 milhões de investidores qualificados. Dessa forma, microempresários terão mais facilidade e poderão recorrer quando precisarem de capital via intermediação das SCMEPPs.
Para o primeiro ano de operação, projeta-se um aumento de 20% na base atual de clientes, mais de 130 mil microempresários atendidos, distribuídos nas 27 instituições associadas em 12 Estados. Atualmente, a carteira de crédito da associação é superior a R$ 250 milhões. “O fundo representará uma ação pioneira nas microfinanças no Brasil, porém, necessitamos de financiamento especializado para fomento e ampliação das operações das SCMEPPs. O FIDC é uma forma viável e sustentável para todo o mercado de microcrédito e terá grande impacto sócio-financeiro.”, afirma Ricardo Assaf, presidente da ABSCM.
Com isso, será o principal canal de funding para expansão das operações de crédito para MPE, EPPs e MEIs, incentivando a educação e tecnologia financeira. A comunicação já foi realizada junto ao Banco Central. Além do fundo, há um pleito formal para a possibilidade de captação direta de recursos junto a investidores, assim como a possibilidade de oferecer serviços como assistência financeira, cobrança, cartões e seguros, para melhorar o desempenho e autonomia das SCMEPPs.
“Além de ampliar a oferta de produtos financeiros e atender um número maior de microempresários, a ideia é trazer uma solução de mercado para canalizar os recursos de forma perene, com custo competitivo e a longo prazo, mitigando o risco de liquidez. Um dos fatores que limitam o desenvolvimento das instituições de crédito é a vedação de captação direta de recursos do mercado por determinados investidores nacionais e internacionais”, diz Assaf.
Mercado
Em 2015, o saldo total das operações de crédito no Brasil cresceu 6,6% somando R$ 3,2 trilhões, o que correspondeu a 54,2% do PIB. Já os empreendedores informais somam mais de 90% dos clientes atendidos pelo Microcrédito Produtivo Orientado (MPO).
A ABSCM
É uma Associação Brasileira das Sociedades de Microcrédito é uma associação civil sem fins lucrativos, criada no ano 2000, com o objetivo de fomentar o empreendedorismo no País, facilitar as condições operacionais e fortalecer institucionalmente as SCMEEPPs. Atualmente conta com 27 instituições credenciadas e está presente em 12 Estados brasileiros. A ABSCM desempenha papel importante como interlocutora entre as associadas e os públicos de interesse, visando a mudança e a modernização do marco legal e regulatório em favor do crescimento e consolidação do setor.
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