PMEs com responsabilidade social se destacam e fortalecem vínculos com suas comunidades
Empresas que investem em causas locais criam conexões autênticas e aumentam sua relevância no mercado
A sociedade valoriza, cada vez mais, marcas que vão além do lucro e demonstram comprometimento com o bem-estar coletivo. Para pequenas e médias empresas, investir em responsabilidade social não apenas amplia a percepção positiva da marca, mas também consolida sua presença nas comunidades onde atua. A conexão com causas locais e ações voltadas ao impacto social ajudam a construir uma reputação sólida, fortalecer os vínculos com o público e promover engajamento interno entre colaboradores.
Um estudo publicado na revista "Gestão e Regionalidade" analisou 100 pequenas e médias empresas brasileiras e encontrou uma associação entre a divulgação de práticas de responsabilidade socioambiental e o desempenho econômico dessas empresas. Segundo Samuel Modesto, especialista em gestão empresarial e mentor de negócios, esse movimento tem um papel estratégico para negócios que desejam crescer de forma sustentável.
“Empresas que se envolvem com a realidade ao seu redor demonstram que estão atentas às necessidades da sociedade e comprometidas com soluções reais. Isso gera confiança e aproxima o público da marca”, analisa.
Pequenas ações, grandes transformações
Ao contrário do que muitos pensam, não é necessário ter grandes recursos para adotar práticas de impacto social. PMEs podem apoiar campanhas de arrecadação, oferecer serviços gratuitos em comunidades carentes, adotar políticas inclusivas no recrutamento ou promover ações educativas. O importante é que essas iniciativas estejam alinhadas aos valores da empresa e ao perfil do público atendido. “Quando a responsabilidade social é coerente com a essência do negócio, ela se torna uma extensão natural da atuação da empresa”, destaca Modesto.
Além de beneficiar a comunidade, essas ações também têm efeitos internos significativos. Empresas que incentivam seus colaboradores a participarem de projetos sociais tendem a ter equipes mais engajadas, motivadas e alinhadas ao propósito da organização. “Esse senso de pertencimento impacta diretamente a produtividade e a retenção de talentos”, pontua.
Mensurar o impacto e comunicar com propósito
Um dos desafios enfrentados por empreendedores que atuam com responsabilidade social é saber como medir os resultados dessas ações e comunicá-los de forma estratégica. Modesto explica que, mesmo em pequenas empresas, é possível criar indicadores simples para acompanhar o impacto gerado — como número de pessoas beneficiadas, horas dedicadas a voluntariado ou parcerias firmadas com instituições locais.
Compartilhar essas conquistas de forma transparente e com linguagem acessível reforça a credibilidade e amplia o alcance da iniciativa. “As pessoas querem saber o que as empresas estão fazendo de concreto. Comunicar de maneira ética e com foco no benefício coletivo é essencial para evitar que a ação pareça meramente publicitária”, afirma.
Mais do que uma estratégia de imagem, a responsabilidade social é uma postura que fortalece a cultura organizacional e posiciona o negócio como agente de transformação. “Empresas que assumem seu papel social inspiram outras, contribuem para o desenvolvimento local e constroem uma marca que realmente faz sentido para as pessoas”, conclui Modesto.
Sobre Samuel Modesto
Samuel Modesto é contador formado pela Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (FACAPE) e especialista tributário pela Faculdade de Juazeiro do Norte (FJN-CE). Além disso, possui formação como treinador comportamental e corporativo pelo Instituto Kaecher. Com ampla experiência no mercado, atua como treinador e mentor de empresários, palestrante e é autor do livro “Além dos Números”, onde compartilha insights sobre gestão estratégica e desenvolvimento empresarial.
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