Trabalho híbrido: por que SASE e SEE são fundamentais para a proteção de acessos remotos?
Por Caio Abade*
O modelo de trabalho híbrido se tornou a norma para muitas organizações. Segundo estudo da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), o formato já alcança quase 50% das empresas, trazendo consigo importantes desafios relacionados à segurança cibernética. Nesse sentido, com a dissolução do perímetro fixo e a adoção de aplicações em nuvem, como garantir a proteção de dados e segurança dos acessos de forma remota?
Sobre esse aspecto, é fundamental entender a importância de implementar estratégias modernas que combinem proteção e eficiência operacional, como é o caso das soluções Secure Access Service Edge (SASE) e Security Service Edge (SSE). As tecnologias, em amplo uso atualmente, foram projetadas para oferecer segurança avançada em um ambiente de trabalho descentralizado, onde a abordagem tradicional já não atende mais.
O que são e como funcionam o SSE e SASE?
O SSE é uma solução de segurança fornecida na nuvem que combina serviços críticos para proteger dispositivos, usuários e aplicações, independentemente da localização. Entre seus principais recursos, destacam-se o Cloud Access Security Broker (CASB), que protege o uso de aplicações em nuvem, garantindo conformidade e prevenindo vazamentos de dados; o Secure Web Gateway (SWG), focado em combater ameaças baseadas na web e controlar o acesso a conteúdo malicioso; e o Zero Trust Network Access (ZTNA), que fornece acesso seguro a aplicativos privados sem a necessidade de VPNs tradicionais.
O SASE, por sua vez, é uma abordagem mais abrangente, que combina o SSE com funcionalidades de SD-WAN (rede de área ampla definida por software). Ele foi desenvolvido para oferecer uma solução completa de segurança e redes, permitindo que empresas implementem um modelo de acesso seguro e dinâmico.
Dentre as principais vantagens, estão a escalabilidade, possibilitando o gerenciamento de segurança em um ambiente distribuído sem comprometer o desempenho; eficiência operacional, reduzindo a complexidade ao consolidar múltiplas ferramentas de segurança em uma única solução; além da adoção do conceito Zero Trust, que busca verificar continuamente a identidade do usuário e o contexto do acesso antes de permitir a conexão a qualquer recurso corporativo.
De acordo com análise do Gartner, até 2027, o trabalho seguro de qualquer lugar — seja remoto, em filiais ou campi corporativos — deverá ser uma prioridade estratégica para CIOs e CISOs. Essa evolução impulsiona a convergência entre redes e segurança, com a previsão de que os principais fornecedores de rede de longa distância definida por software (SD-WAN) e SSE oferecerão soluções SASE totalmente integradas.
Assim, o alerta é que empresas que não adotarem essa abordagem ficarão restritas a nichos específicos, enquanto aquelas que investirem em um ecossistema de segurança unificado estarão mais preparadas para enfrentar os desafios da conectividade distribuída.
*Caio Abade é Cybersecurity Executive da Betta Global Partner
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