Gestão empresarial segue concentrada no Brasil; Jurema Aguiar defende conselhos mais estratégicos e conectados ao território
Só 39% dos municípios concentram a gestão empresarial aponta pesquisa do IBGE; para Jurema Aguiar, governança estratégica é diferencial competitivo
A governança corporativa tem ganhado força como pilar estratégico para a sustentabilidade e o crescimento das empresas brasileiras. Mas, apesar do avanço nas boas práticas internas, a estrutura decisória do país segue altamente concentrada em poucos municípios. É o que mostra a nova edição da pesquisa Gestão do Território, divulgada nesta quarta-feira (26) pelo IBGE, segundo a qual apenas 39,1% dos municípios brasileiros são considerados Centros de Gestão do Território.
O levantamento considera a presença de sedes de empresas e instituições públicas como indicador da capacidade de articulação política e econômica dos municípios. O resultado representa uma leve queda em relação a 2014, quando o índice era de 39,6%, e reforça o domínio de grandes centros urbanos na tomada de decisões estratégicas. São Paulo lidera o ranking nacional, seguido de Rio de Janeiro e Brasília.
Para a conselheira de administração e especialista em governança corporativa Jurema Aguiar de Araújo, os dados evidenciam a urgência de fortalecer conselhos mais distribuídos, preparados e conectados à realidade de diferentes regiões.
- A governança vai além da conformidade. Ela impacta diretamente a capacidade de atrair investidores, gerenciar riscos e transformar desafios em oportunidades. Um conselho estratégico, com diversidade de experiências e visão de longo prazo, contribui para o crescimento sólido das organizações.
O avanço das boas práticas entre empresas de capital aberto também foi confirmado por dados do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Em 2024, 67% dessas companhias seguiam as diretrizes do Código Brasileiro de Governança Corporativa – Companhias Abertas, ante 51,1% em 2019. O crescimento revela um amadurecimento do ambiente empresarial brasileiro, com a governança sendo cada vez mais vista como diferencial competitivo.
Na avaliação de Jurema, a adoção de boas práticas precisa ir além do cumprimento normativo:
- Empresas que adotam uma abordagem propositiva de governança conseguem alinhar os interesses de acionistas, lideranças e consumidores. Isso fortalece a cultura organizacional, evita crises e garante decisões mais estruturadas frente às mudanças do mercado.
Sobre Jurema Aguiar
Com mais de 30 anos de atuação como executiva C-Level, Jurema participou de processos de expansão, inovação e reposicionamento em empresas como M. Dias Branco/Adria, Bunge Alimentos, Hypera Pharma e Avon (atual Natura &Co). Foi responsável pelo desenvolvimento das linhas funcionais de Engov (Engov After e Engov Up), que dobraram o faturamento da marca, além de liderar o redesenho da comunicação da Neo Química na campanha de 60 anos da empresa.
Atualmente, integra o Comitê de Estratégia & Inovação da indústria farmacêutica Cellera Farma, contribuindo para a definição do modelo de negócios da área de medicamentos OTC. Também é membro da Comissão de Estratégia e Inovação do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa).
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