Empreendedores enfrentam 7 grandes desafios que comprometem o crescimento dos negócios
Especialista aponta as principais dificuldades e sugere soluções para superá-las
Empreender no Brasil é uma jornada repleta de desafios que podem comprometer o desenvolvimento e a sustentabilidade das empresas. De acordo com o Boletim do Mapa de Empresas do 3º quadrimestre de 2024, foram abertas 4.254.903 empresas no Brasil ao longo de 2024, representando um aumento de 9,8% em relação ao ano anterior.
Entretanto, o que preocupa mesmo é a taxa de sobrevivência. Dados do IBGE indicam que apenas 37,6% das empresas fundadas em 2014 permaneceram ativas após cinco anos, ou seja, até 2019. Isso significa que cerca de 62,4% fecham antes de completar cinco anos de atividade. “Esses números ressaltam a importância de estratégias eficazes de gestão e planejamento para aumentar a longevidade dos negócios no país”, aponta Marcus Marques, especialista em gestão empresarial e fundador do Grupo Acelerador.
O cenário empresarial brasileiro exige dos empreendedores cada vez mais resiliência, conhecimento de mercado e uma abordagem específica para lidar com os desafios diários. “Muitas instituições fecham as portas antes de atingirem a maturidade, não por falta de potencial, mas pela ausência de preparo e estrutura, sendo que boa parte dos problemas poderia ser evitada ou minimizada com gestão eficiente e processos bem definidos", afirma Marques.
Além disso, a falta de clareza sobre as dificuldades enfrentadas pode levar a decisões impulsivas e soluções paliativas, que resolvem apenas os sintomas, sem tratar a raiz do problema. Marques destaca que reconhecer as dores do negócio é o primeiro passo para crescer de forma sustentável. "Muitos gestores acreditam que estão sozinhos em seus desafios, mas a verdade é que as dificuldades se repetem na maioria das empresas", explica o especialista.
Com base em sua experiência auxiliando 150.000 empreendedores ao longo de mais de 20 anos, Marques lista as sete principais dores que prejudicam o crescimento dos negócios e orienta sobre como superá-las:
Falta de planejamento estratégico
A ausência de um plano estruturado impede que a empresa tenha metas claras e direcione seus esforços corretamente. Uma pesquisa do Sebrae-SP apontou que 55% dos empreendedores iniciam seus negócios sem planejamento, aumentando significativamente o risco de fracasso. "Sem um norte bem definido, o empresário toma decisões impulsivas e não consegue prever os desafios do mercado", explica Marques.
Gestão financeira deficiente
Muitos empresários não têm controle sobre suas receitas e despesas, o que leva a problemas graves de liquidez. Dados do IBGE mostram que cerca de 60% das empresas fecham nos primeiros cinco anos devido a dificuldades financeiras. Marques alerta que "o dinheiro da empresa não pode ser tratado como extensão da conta pessoal do empreendedor, é preciso disciplina e gestão rigorosa".
Falta de processos bem definidos
A ausência de processos estruturados impacta a eficiência operacional e pode gerar retrabalho, desperdício de tempo e erros recorrentes. "Quando você tem processos bem alinhados e uma equipe qualificada, os resultados aparecem", afirma Marques. Empresas que investem na padronização de tarefas tendem a crescer de forma mais organizada e previsível.
Dificuldade em formar e manter bons times
Muitas empresas enfrentam desafios para contratar, treinar e reter talentos. Segundo um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a alta rotatividade de funcionários pode gerar perdas de até 2,5 vezes o salário mensal de um colaborador para cada demissão. "Empresas que não investem na capacitação e motivação de seus funcionários terão dificuldades em manter um time engajado e produtivo", ressalta Marques.
Baixa capacidade de inovação e adaptação ao mercado
Empresas que resistem às mudanças e não acompanham as tendências acabam perdendo competitividade. O Índice Global de Inovação de 2023 mostrou que o Brasil ocupa apenas a 49ª posição entre os países mais inovadores, o que evidencia um déficit nessa área. "Os empresários precisam estar atentos às transformações do mercado e buscar inovação contínua para não ficarem para trás", diz Marques.
Excesso de carga operacional no dono do negócio
Muitos empreendedores acumulam funções e se sobrecarregam, o que compromete sua produtividade e qualidade de vida. "Empresários que tentam fazer tudo sozinhos acabam limitando o crescimento do negócio", explica Marques. O segredo, segundo ele, é delegar tarefas e confiar em uma equipe bem estruturada.
Dificuldade em atrair e fidelizar clientes
A falta de uma estratégia comercial eficiente prejudica a captação e retenção de clientes. Um levantamento da Bain & Company mostrou que aumentar a retenção de clientes em 5% pode elevar os lucros da empresa em até 95%. "Empresas que não investem em relacionamento com o cliente perdem oportunidades valiosas de crescimento", destaca Marques.
Como superar esses desafios?
Para enfrentar essas dores, Marques recomenda que os empresários invistam em planejamento estratégico, adotem uma gestão financeira rigorosa, estruturem processos internos, desenvolvam boas práticas de gestão de pessoas, acompanhem as tendências do mercado, deleguem funções e construam um relacionamento sólido com seus clientes.
"Pare de sofrer por sofrer e sofra para crescer", conclui Marques. "Quando você combina processos bem definidos com uma equipe alinhada, os resultados aparecem de forma consistente."
Sobre Marcus Marques
Marcus Marques possui mais de 2 milhões de seguidores em suas redes sociais e tem como propósito acelerar o Brasil, ajudando as empresas a se tornarem extraordinárias. É o principal influenciador em gestão para donos de pequenas e médias empresas no Brasil. No total, mais de 16 mil empresários já participaram de sua imersão Acelerador Empresarial, um programa que já teve mais de 65 turmas. É fundador e líder do Giants, a maior comunidade de empresários de alto valor no Brasil, com mais de 750 membros atualmente. Esses números fizeram com que ele se tornasse a principal referência em gestão e aceleração de pequenas e médias empresas.
O Grupo Acelerador, além da empresa de educação, tem uma empresa de participações societárias que é sócia de dez empresas que empregam mais de 750 colaboradores.
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
<::::::::::::::::::::>