No mês passado, o Brasil exportou US$ 22,929 bilhões e importou US$ 23,253 bilhões. Com esse desempenho, a corrente de comércio brasileira atingiu o valor de US$ 46,182 bilhões. O resultado negativo foi influenciado principalmente pela importação de uma plataforma para extração de petróleo, que teve um valor de compra de US$ 2,7 bilhões.

O recuo de 26,4% (US$ 1,53 bilhão) no valor exportado pela indústria extrativa foi o principal fator para esse impacto, enquanto a agropecuária cresceu 1,3% (US$ 60 milhões) e a indústria de transformação, 8,1% (US$ 1,02 bilhão). Houve queda tanto no volume quanto no preço dos óleos brutos de petróleo e do minério de ferro. Já a indústria de transformação, destaque positivo do mês, foi alavancada pela celulose e carnes. No acumulado do ano, a indústria de transformação teve crescimento de 3,7% (US$ 99 milhões).

A plataforma de exploração de petróleo teve a China como país de origem. Assim, houve crescimento de 21,8% (US$ 7,65 bilhões) na indústria de transformação e de 24,8% (US$ 230 milhões) na agropecuária, além de queda de 13,7% (cerca de US$ 330 milhões) na indústria extrativa.

Segundo informações do Secex/MDIC, os saldos do Brasil têm apresentado uma tendência de retração; no entanto, ainda não se espera que o registro de déficit se torne frequente. 

O Diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do governo, Herlon Brandão, comentou em coletiva de imprensa que considera improvável que a recente guerra tarifária acirrada por Donald Trump tenha impacto sobre os números.

Aparecido Rocha – insurance reviewer