4 dicas para startups que desejam captar o primeiro investimento
Com o mercado de venture capital mais exigente, fundadores precisam ter propostas assertivas com um bom modelo de negócio
Nos últimos anos, o Brasil vem apresentando um grande potencial para startups que desejam captar recursos para expandir seus negócios. Para ilustrar, em 2023, segundo dados do Distrito, no Brasil, o setor angariou US$1,9 bilhão, já na América Latina os valores chegaram a US$3 bilhões - captações mais baixas do que anos anteriores, mas que representaram grandes montantes. Agora, com uma expectativa favorável de mercado, as previsões são de aumento cauteloso dos investimentos. Porém, com as novas oportunidades, também é importante que os fundadores apresentem projetos assertivos e com bom um modelo de negócio.
Para Erica Fridman, investidora e co-fundadora do Sororitê Ventures, responsável pelo Sororitê Fund 1, fundo de Venture Capital de R$ 25 milhões para startups early stage fundadas por mulheres, “para empresas early-stage em busca de capital, a capacidade dos fundadores de explicar o negócio de maneira clara e demonstrar seu potencial de escalabilidade é fundamental para garantir uma segunda conversa. Saber a ‘língua’ que o investidor está acostumado a falar também dá a impressão que o fundador estudou o mercado e adiciona pontos na avaliação”, completa.
Pensando nisso, Erica apresenta algumas dicas que fundadores devem ter em mente ao procurar um investidor. Confira!
Estude o mercado de Venture Capital
Antes de se apresentar a um investidor, é crucial entender o universo do Venture Capital. Dominar a linguagem utilizada neste mercado e compreender os termos específicos são aspectos fundamentais para uma comunicação eficaz durante o pitch. Além disso, é essencial conhecer o perfil do investidor em questão, entendendo suas preferências, a origem do capital e as motivações para investir. Cada investidor tem objetivos e estratégias distintas - e alinhar sua proposta com esses interesses pode ser determinante para conquistar apoio.
Elabore um deck com todos os pontos relevantes
Em um pitch deck, além de destacar os principais aspectos de uma startup de forma clara e convincente, também é necessário abordar as estratégias de crescimento e expansão para o futuro. Assim, descrições sobre o projeto de escalada, aquisição de mais clientes e aumento da participação no mercado, são essenciais. Ainda, ele deve apresentar claramente a dor ou o problema que a solução pretende resolver. Isso porque é essencial mostrar a relevância e o tamanho do mercado que o empreendimento pretende atingir. Tudo isso, destacando o produto oferecido de maneira inovadora, a partir dos diferenciais de mercado.
Entretanto, só a inovação não garante investimento e, por isso, é necessário que a apresentação reconheça a viabilidade do modelo de negócio, entendendo a possibilidade de geração de receita, aquisição de clientes e alcance da lucratividade a longo prazo. Também é importante destacar a experiência, as habilidades e as conquistas da equipe fundadora, demonstrando o potencial do time para levar o produto ao sucesso. As habilidades complementares e a coesão da equipe são um diferencial competitivo importante.
Priorize a Escalabilidade e a Base Tecnológica
Investidores de Venture Capital buscam oportunidades de investimento em negócios escaláveis e com base tecnológica sólida. Nesse sentido, é importante compreender se a proposta de valor está alinhada com esses critérios. Para isso, vale destacar como o uso da tecnologia impulsiona o crescimento e ajuda a alcançar um mercado mais amplo, apresentando a solução como inovadora e capaz de gerar um impacto significativo no setor em que atua.
Mantenha uma Abordagem Democrática na Apresentação
Por fim, é importante garantir uma apresentação acessível e compreensível para diferentes públicos. Mesmo que os investidores sejam especialistas no campo, é fundamental que qualquer pessoa possa entender o problema que a startup pretende resolver e a solução que oferece.
Para Erica, “conquistar o primeiro investimento pode ser um desafio, mas seguindo essas dicas essenciais, gestores estarão mais bem preparados para atrair o interesse dos stakeholders e impulsionar o crescimento do seu negócio. Lembre-se sempre de estar alinhado com as expectativas do mercado de venture capital e de apresentar uma proposta convincente e impactante”, completa.
Sobre o Sororitê Fund 1:
Comandado por Erica Fridman e Jaana Goeggel, o Sororitê Fund 1 é um fundo de Venture Capital Early Stage de R$ 25 milhões com foco em startups com diversidade de gênero. Assim, o fundo é um dos poucos no Brasil liderados por mulheres que buscam investir em mulheres. Para os próximos 12 meses, a meta é investir em seis startups. A tese é agnóstica e busca investir em startups que tenham pelo menos uma mulher no time de fundadoras. Os negócios devem ter base tecnológica e um grande potencial de escalabilidade. Para mais informações, acesse o site.
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