Executivos apontam desafios e tendências para os RHs em 2025
Geração Z, ambiente de trabalho psicologicamente seguro, proteção à saúde dos pets da família e conexão com os trabalhadores são algumas das tendências e desafios para o próximo ano
O ano de 2024 trouxe desafios complexos para CEOs e gestores de RH. Entre eles, a consolidação de modelos híbridos, a busca por equilíbrio entre performance e saúde mental, e os efeitos de um cenário econômico desafiador, com juros elevados que exigiram fazer mais com menos recursos. Em 2025, a atração e retenção de talentos continuarão a ser prioridades estratégicas para as empresas.
Bruno Rodrigues, CEO da GoGood, HRTech referência em bem-estar corporativo, e Martha Rodrigues, CEO da Guapeco, HRTech pioneira em benefícios para pets, apontam tendências que irão definir a gestão de pessoas no próximo ano. O foco estará na personalização de benefícios, na eficiência de recursos e no alinhamento entre discurso e prática. Confira a seguir as principais apostas para o mercado.
Benefícios personalizados para cada geração
Composta por indivíduos nascidos entre 1996 e 2010, a Geração Z já representa 40% da força de trabalho nacional e tem transformado as dinâmicas de gestão. Este grupo, que busca viver plenamente e não apenas trabalhar, valoriza empregadores que ofereçam benefícios alinhados a suas expectativas de bem-estar e qualidade de vida. “Eles querem sentir que estão vivendo, e em uma sociedade com altos índices de depressão e burnout, é difícil discordar dessa postura”, reflete Martha Rodrigues, da Guapeco.
Bruno Rodrigues, da GoGood, reforça que a personalização é a chave para engajar colaboradores de diferentes gerações. “Cada pessoa tem suas necessidades e prioridades. Mapear os eventos e processos que mais impactam a saúde emocional dos colaboradores permite desenhar soluções que os ajudem a praticar o autocuidado que desejam. Isso fortalece o vínculo entre talento e empresa e aumenta os índices de engajamento e retenção”, explica.
Entre os benefícios mais valorizados por essa geração estão acesso a academias, esportes, consultas médicas, terapias e experiências como vale viagem. No caso da Guapeco, a oferta de planos de saúde pet reflete a conexão emocional crescente entre colaboradores e seus animais de estimação, ampliando a percepção de cuidado por parte das empresas.
Eficiência e centralização de benefícios
A pressão para reduzir custos e maximizar resultados é um desafio constante para os gestores de RH. Bruno observa que muitas empresas ainda lidam com desperdícios significativos por conta da pulverização de fornecedores. “Ter uma solução para telemedicina, outra para psicólogos e mais uma para academias gera custos que poderiam ser otimizados. A centralização permite não só economizar, mas também ampliar a oferta de benefícios com o mesmo orçamento”, analisa o CEO da GoGood.
Outro destaque é o modelo de benefícios com desconto em folha. Martha explica que essa abordagem viabiliza o acesso a serviços de alto valor percebido, como planos de saúde pet, sem custo adicional para o RH. “Ao intermediar a contratação, o RH consegue negociar valores melhores do que os que o colaborador teria como pessoa física, facilitando a adesão e criando um ciclo de benefícios para ambas as partes”, pontua.
Além disso, Bruno ressalta que muitos RHs ainda enfrentam o desafio de justificar investimentos para a diretoria. “Com um valor menor do que o reajuste anual do plano de saúde, é possível oferecer benefícios de alto uso e percepção, mas isso exige que os gestores demonstrem claramente os ganhos estratégicos dessas iniciativas”, afirma.
Experiência do colaborador no centro da estratégia
O conceito de Employee Experience (experiência do colaborador) não é novo, mas ganha uma nova dimensão em 2025, com foco na promoção de um ambiente psicologicamente seguro e alinhado às expectativas da força de trabalho. “A má experiência do colaborador é um dos principais fatores de turnover. Entender suas demandas, corrigir abusos e alinhar o discurso às práticas organizacionais são passos cruciais para reter talentos”, destaca Bruno.
A Geração Z, em particular, valoriza práticas como reuniões individuais frequentes e planos de desenvolvimento individual (PDIs). “O feedback precisa focar na pessoa e no seu crescimento, conectando isso aos objetivos mapeados no PDI. Mais do que falar de desempenho, o gestor precisa entender como ajudar o colaborador a viver melhor”, afirma Martha.
Neste contexto, a personalização dos benefícios se apresenta como uma estratégia para materializar a preocupação com o bem-estar, transformando o discurso em prática. A Guapeco e a GoGood têm liderado esse movimento, mostrando como iniciativas voltadas ao bem-estar integral impactam diretamente a conexão entre colaboradores e empresas.
Parceria para o bem-estar de pessoas e pets
De olho no futuro do trabalho, a GoGood e a Guapeco anunciaram uma parceria inovadora. Empresas que contratarem as soluções de saúde e bem-estar corporativo da GoGood poderão incluir a cobertura para pets de seus colaboradores sem custo adicional. A iniciativa visa atender a uma demanda crescente por benefícios mais personalizados e alinhados ao estilo de vida dos colaboradores, ampliando a proposta de valor das empresas contratantes em todo o Brasil.
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