Carreira e maturidade: 70% das mulheres com mais de 50 anos estão em transição profissional, aponta estudo
Crédito: Freepik
Vinicius Walsh, especialista em transição de carreira, destaca os principais motivos que levam a essa tendência.
Para profissionais que já passaram dos 50 anos, manter-se no mercado de trabalho pode ser um desafio, em especial devido ao etarismo presente em muitas empresas. Recentemente, a Maturi, plataforma voltada para o mercado de trabalho 50+, e a NOZ Inteligência, empresa focada em pesquisa e inteligência de negócios, publicaram o estudo “Transição de Carreira na Maturidade”, que traz mais detalhes sobre o mercado: com mais de dois mil respondentes, 70% das mulheres maduras se encontram em transição de carreira. Em relação aos homens, o número chega a 65%.
Em relação aos homens, os números não ficam muito abaixo: cerca de 65% também estão passando por uma transição ou desejam mudar de área. Mas o que explica uma incidência tão grande de homens e mulheres com mais de 50 anos realizando tal movimento?
De acordo com o diretor da Transite e especialista em transição de carreira, Vinicius Walsh, essa tendência se dá por diversos fatores, como preconceito e necessidade de equilibrar a vida pessoas com a profissional. “Muitas empresas ainda subestimam o potencial dos profissionais maduros, acreditando que produtividade e idade não combinam. Mas, na prática, essas pessoas trazem experiência e estabilidade ao ambiente de trabalho. Por isso, muitos buscam carreiras que valorizem essas características e proporcionem flexibilidade”, explica.
O desejo por realização pessoal e propósito no trabalho também influenciam essa transição. No caso das mulheres, o preconceito de gênero é um obstáculo adicional, levando muitas a buscarem setores mais inclusivos, onde possam exercer liderança com autonomia.
Outro fator relevante é o desejo de um ambiente de trabalho mais saudável e com propósito, que tem motivado profissionais a procurar novas áreas ou se dedicar a negócios próprios. No caso das mulheres, o preconceito de gênero limita as oportunidades de ascensão, levando-as a buscar setores onde possam empreender e liderar com mais autonomia.
Para quem deseja mudar de carreira após os 50, Walsh recomenda um planejamento cuidadoso, levando em conta habilidades, finanças e áreas de alta demanda, como tecnologia e saúde. Trabalhos temporários, como freelances e projetos paralelos, podem facilitar a entrada na nova carreira, ajudando a se adaptar gradualmente ao novo cenário. Ele também ressalta a importância de cuidar da saúde física e mental, garantindo energia e disposição para enfrentar as mudanças e os desafios da transição. "Estar bem fisicamente é essencial para lidar com essa fase", conclui o especialista.
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