5 dicas para manter o equilíbrio entre foco profissional e humanização no LinkedIn
Autor: Virgilio Marques dos Santos, sócio-fundador da FM2S Educação e Consultoria
Desde a sua fundação, o LinkedIn estabeleceu-se como uma plataforma centrada no networking profissional, onde a troca de experiências e conhecimentos empresariais prevalece. No entanto, nos últimos anos, observamos uma transformação significativa em seu conteúdo: posts pessoais, antes raros, tornaram-se mais frequentes. Essa mudança reflete uma tendência mais ampla de humanização nas redes sociais, mas também levanta preocupações sobre o equilíbrio entre a autenticidade pessoal e a manutenção da finalidade profissional da plataforma.
Historicamente, esta rede social serviu como um espaço dedicado à construção e manutenção de carreiras, facilitando conexões entre profissionais e empresas. No entanto, à medida que a vida pessoal e a vida profissional se entrelaçam, muitos usuários têm sentido a necessidade de expressar não apenas suas habilidades e realizações, mas também suas emoções, desafios e histórias pessoais. Esse movimento de humanização não é algo novo nas redes sociais; plataformas como Facebook e Instagram incentivam o compartilhamento pessoal como forma de criar vínculos mais próximos e genuínos.
Por outro lado, a natureza original do LinkedIn impõe certos limites ao tipo de mensagem que é considerada apropriada. A expansão do conteúdo pessoal na plataforma traz à tona o risco de que o LinkedIn se desvie de sua missão central, tornando-se uma extensão das redes sociais já existentes e que são focadas em entretenimento, onde a linha entre o profissional e o pessoal se dissolve, perdendo-se a funcionalidade específica da plataforma.
O desafio é encontrar um ponto de equilíbrio: como permitir a expressão pessoal sem comprometer a seriedade e o propósito profissional que definem o LinkedIn? Para responder a isso, compartilho com vocês, caros leitores, 5 dicas para ajudá-los na hora de compartilhar itens na plataforma.
5 dicas para manter o equilíbrio no LinkedIn
1. Contextualize o pessoal no profissional: compartilhe histórias pessoais que tenham uma conexão direta com o seu desenvolvimento ou lições profissionais. Isso garante que o conteúdo se mantenha focado e relevante para a rede;
2. Mantenha a autenticidade: humanizar não significa compartilhar tudo. Seja genuíno, mas selecione o que realmente agrega valor ao seu público;
3. Priorize conteúdo profissional: lembre-se de que o LinkedIn é uma plataforma profissional. Mantenha o foco em conteúdo que contribua para debates e aprendizado no ambiente de trabalho;
4. Evite a polêmica desnecessária: ao tratar de temas pessoais, tenha cuidado para não gerar discussões que fujam ao propósito da plataforma, mantendo o ambiente saudável e produtivo;
5. Contribua para a comunidade: use suas experiências para inspirar e ajudar outros profissionais. Compartilhe insights que possam ter um impacto positivo na carreira de quem o segue.
O LinkedIn enfrenta uma encruzilhada. Por um lado, a humanização do conteúdo reflete a necessidade de reconhecer que os profissionais são, antes de tudo, pessoas com experiências e histórias que moldam suas carreiras. Por outro, é essencial preservar o foco da plataforma como um espaço voltado para o desenvolvimento profissional e o networking.
A solução talvez resida em uma moderação consciente e na autorregulação dos próprios usuários, que devem avaliar constantemente o impacto e a relevância do que compartilham. Afinal, o valor do LinkedIn está em sua capacidade de conectar profissionais de forma significativa e focada, sem cair na armadilha de se tornar uma "terra de ninguém" digital.
Virgilio Marques dos Santos é um dos fundadores da FM2S, gestor de carreiras, doutor, mestre e graduado em Engenharia Mecânica pela Unicamp e Master Black Belt pela mesma Universidade. Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da Unicamp, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.
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