Atenção Primária à Saúde (APS) é diferencial para viver mais e melhor
A perspectiva de em algumas décadas nos tornarmos um país com uma população cada vez mais longeva, ainda que menor, nos leva a refletir sobre como as pessoas poderão viver com qualidade os anos que terão a mais. Ter como foco zelar pela saúde, se possível desde as primeiras etapas de vida, será fundamental para essa jornada. Nesse debate, o modelo de Atenção Primária à Saúde (APS) ganha força, por seus notórios benefícios.
Sob os cuidados de um médico de família e uma equipe multidisciplinar, a APS tem como essência cuidar das pessoas com o olhar da prevenção, ao invés de apenas tratar doenças ou condições específicas. Ela costuma ser o primeiro ponto de contato das pessoas e famílias que buscam uma orientação médica. Os atendimentos são focados em preservar e promover a saúde, como o estímulo a uma alimentação mais equilibrada, adoção de exercícios físicos, vacinação, planejamento familiar e, claro, o controle e tratamento de quem sofre de doenças crônicas. O médico avalia caso a caso, verifica a necessidade de exames, prescreve medicamentos, encaminha para especialistas e acompanha os resultados dos tratamentos, sempre enxergando o indivíduo em todas as suas necessidades, ao longo de toda a sua jornada. Ao primar pelo cuidado integral e longitudinal, esse atendimento diminui os fatores de risco e, consequentemente, a evolução de doenças crônicas e outras mais complexas, promovendo a qualidade de vida baseada na necessidade de cada indivíduo.
A efetividade desse modelo é comprovada por dados da Organização Mundial da Saúde (OMS): a Atenção Primária à Saúde é capaz de resolver cerca de 80% das demandas por cuidados de saúde, reduzindo em 17% as internações e em 29% a procura por serviços de urgência e emergência. Dessa forma, as vantagens desse modelo são diversas, beneficiando tanto os pacientes quanto os próprios sistemas de saúde, pois reduz os gastos totais em saúde e melhora a eficiência.
Além disso, o atendimento humanizado é extremamente valorizado na APS, pois promove segurança e bem-estar físico e emocional entre os pacientes. A ação busca também incentivar a prevenção e conscientizar a população de que esta é a melhor solução para uma vida saudável e longeva.
Em 2022, o IBGE, em parceria com o Ministério da Saúde, realizou pela primeira vez a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) sobre a Atenção Primária à Saúde Infantil. Os dados mostraram que 83% (31,5 milhões) dos 38 milhões de crianças menores de 13 anos foram atendidas por algum dos serviços de atenção primária à saúde naquele ano. Sabemos dos desafios da saúde em nosso país, ainda assim, o percentual expressivo de crianças atendidas com foco em prevenção é promissor.
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