Sete maiores erros cometidos por empresários ao abrirem seus negócios
Por Renan Cardarello
Empreender está no DNA do brasileiro. Muitas vezes, não por um sonho verdadeiro, mas pela necessidade em buscar uma maior qualidade de vida frente às dificuldades naturais enfrentadas em nosso país. Por mais que nossa terra seja um solo fértil perante a abertura e crescimento próspero de negócios, muitos erros – até mesmo básicos – podem comprometer essa perpetuidade, os quais devem estar no radar e serem prezados desde cedo para evitar o fechamento precoce destas portas.
A cada ano, é possível notar uma quantidade enorme de empreendimentos sendo fundados por aqui. Em janeiro de 2024, como exemplo, dados da Agência Gov informaram um total de 20.798.291 empresas ativas, considerando matrizes, filiais e microempreendedores individuais (MEI). Porém, grande parte deles não prospera por muito tempo.
Conforme outro levantamento da BigDataCorp, cerca de 51% das empresas não sobrevivem por mais de três anos, enquanto, em cinco anos, essa taxa de fechamento sobe para quase 89%. Grande parte dessa estatística preocupante é refletida pela falta de preparo destes empreendedores ao tirarem suas ideias do papel, iniciando essa jornada sem a base necessária para estruturarem seus negócios com segurança.
Para evitar que mais marcas integrem esse grupo, veja abaixo sete erros bastante comuns cometidos neste processo, para que se torne mais fácil compreender como evitá-los:
#1 Falta de noção sobre custo e investimento: abrir um negócio envolve muitos custos fixos e variáveis que costumam passar despercebidos pelos empresários – incluindo o aluguel do espaço, contas de água e luz, internet, matéria-prima, dentre outros. Aqueles que quiserem ter suas empresas devem realizar esse mapeamento a fim de terem claro em mente esse balancete financeiro e, com isso, conseguirem viabilizar seu empreendimento com segurança econômica, de forma que não tenham impactos em seu fluxo de caixa.
#2 Achar que será fácil: ter sua empresa envolverá uma série de variáveis capazes de impactar as operações e que, nem sempre, estarão no seu controle. Os próprios funcionários, como exemplo clássico, podem se comportar de maneira errada e acabar gerando prejuízos de imagem ou operacionais ao negócio, o que pode demandar apoio jurídico e de marketing para evitar danos à reputação e funcionamento. Essa é uma construção que demanda paciência e planejamento, além de possuírem fatores que estão suscetíveis ao tempo, no que diz respeito a visar a conquista dos objetivos esperados.
#3 Descuido na contratação: nem sempre os profissionais contratados chegarão com ampla experiência e conhecimentos no ramo. Muitos precisarão passar por meses de treinamentos, além de um período específico para colocarem em prática o que aprenderam e, a partir disso, pegar o jeito de suas tarefas. Esse é um tempo longo que pode não gerar tanto retorno ao empresário, o que deve ser levado em consideração ao escolher qual perfil deseja contratar.
#4 Captação de clientes: atrair clientes não é algo fácil, muito menos com o avanço da digitalização do mercado. Afinal, hoje, podem existir muitas empresas que ofertam os mesmos serviços e produtos que os seus. Então, o que seu negócio fará para se diferenciar da concorrência? Todos os canais de comunicação precisam ser devidamente pensados e estruturados, assim como investir em estratégias de marketing que fomentem esse planejamento com assertividade.
#5 Não priorizar a retenção dos clientes: conquistar novos clientes custa 25 vezes mais caro do que retê-los, segundo um estudo da Frost & Sullivan. Mas, muitas empresas ainda priorizam muito mais essa atração, do que garantir a satisfação e retorno daqueles que já interagiram com ela. Essa relação precisa ser compreendida pelos novos empresários, de forma que não deixem de cuidar daqueles que já compraram seus produtos ou serviços.
#6 Processos não padronizados: se observar empresas com diversas filiais, certamente, notará modus operandi bem similares entre elas. Essa padronização dos processos é algo fundamental de ser prezado, uma vez que darão a base precisa para escalar o negócio e a adotar melhorias contínuas que tragam resultados cada vez melhores.
#7 Inadimplência: clientes que não pagam geram prejuízos sérios às empresas. Segundo dados do Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas da Serasa, a quantidade de inadimplentes registrados foi de 72,4 milhões em agosto deste ano. Essa é, infelizmente, uma situação bastante corriqueira em todos os negócios, o que exige deles uma precaução para identificar a melhor forma de lidar com esses consumidores e evitar um rombo em seu caixa.
Todos esses riscos sempre foram cometidos pelos empresários em nossa história. Porém, com os avanços tecnológicos e o aumento da exigência dos consumidores, os riscos associados a esses descuidos se potencializaram, elevando as dificuldades em perpetuar as operações neste cenário mercadológico atual.
Por isso, a falta de um planejamento, hoje, é fatal para qualquer empresa. Antes de tomar qualquer decisão, é preciso ter muito bem mapeado esses processos, contas e investimentos necessários para dar este primeiro passo empreendedor, garantindo que ele estará preparado para competir com sua concorrência e se destacar conforme sua jornada.
Em um campo de batalha árduo como este, apenas os guerreiros que estiverem devidamente equipados terão a força necessária para enfrentar seus oponentes e, com isso, saírem vitoriosos.
Renan Cardarello é CEO da iOBEE - Assessoria de Marketing Digital e Tecnologia.
Sobre a iOBEE
Atuando de forma abrangente com serviços de Google Ads & Meta Ads, SEO, Inteligência em Redes Sociais, Inbound Marketing e mais, a iOBEE é uma assessoria de marketing digital e tecnologia, com serviços que atendem todas as áreas que são vitais para alavancar o faturamento das empresas.
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