Crescimento do segmento de veículos pesados e seu impacto nos consórcios
Por *Manuel Bernardo
O setor de veículos pesados e implementos rodoviários no Brasil tem apresentado um desempenho sólido e promissor nos últimos meses. Prova disso são os números da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir) que, de janeiro a agosto, mostram que as vendas do segmento cresceram 5,18%, com 103.920 modelos comercializados entre leves e pesados. Em 2023, foram negociados 98.798 equipamentos. Ainda segundo dados da entidade, as vendas de reboque e semirreboque apresentaram crescimento de 3,84%, com o emplacamento de 60.199 produtos.
Os registros positivos mostram um mercado aquecido, com uma demanda crescente por pesados e produtos rodoviários, o que, por sua vez, propicia um ambiente favorável para a ampliação das vendas de consórcios para esses segmentos. De acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (ABAC), nos primeiros sete meses deste ano, o consórcio de veículos pesados, que reúne caminhões, ônibus e tratores, implementos rodoviários e agrícolas, apontou boas performances em quatro de seis indicadores: participantes ativos, tíquete médio mensal, contemplações e créditos concedidos, sendo que este último alcançou a marca impressionante de R$ 8,73 bilhões, um aumento de mais de 30,7%, em relação ao mesmo período de 2023.
Tal cenário reflete não só a confiança dos participantes na modalidade como a percepção do produto como uma ferramenta viável de acesso ao crédito. Neste contexto, cabe também ressaltar a resiliência do setor em meio a um panorama econômico desafiador, diante das chuvas e dos desdobramentos no Rio Grande do Sul, além das mudanças climáticas e das queimadas, que ocorrem por todo o território nacional, por exemplo.
Assim, o consórcio mais uma vez, se destaca por sua flexibilidade ao oferecer crédito a preços mais acessíveis, já que é isento de juros, representando uma alternativa atraente frente ao financiamento tradicional, que muitas vezes impõe altas taxas. Fica evidente também que, em um ambiente econômico onde os juros correm o risco de ficarem ainda mais altos, a modalidade, mais do que nunca, é uma opção segura para empresas e produtores, que precisam adquirir implementos rodoviários sem comprometer seu poder de compra.
Por fim, de todos os fatores já citados, é imprescindível enfatizar que o consórcio de implementos rodoviários não apenas oferece uma alternativa viável na recuperação e expansão de todo o setor agrícola, mais de toda a economia que depende de transporte e logística. Isso porque, ele fornece as ferramentas que as empresas precisam para renovar e expandir suas frotas, gerando cada vez mais negócios para o Brasil.
* Manuel Bernardo é gerente comercial do Consórcio Librelato, administrado pela Ademicon
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