Queda do poder de compra é a grande preocupação dos brasileiros, aponta estudo da BNP Paribas Cardif
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Cenário estimula busca por empréstimos e amplia importância dos seguros financeiros, que trazem mais tranquilidade na hora de financiar projetos e empreendimentos pessoais
Realizada pela BNP Paribas Cardif, líder mundial em parcerias bancassurance, junto do Instituto Ipsos, a nova edição da pesquisa Protect and Project Oneself indica que 88% dos brasileiros consideram que as dificuldades ligadas à queda do poder de compra são o problema de ordem social que gera maior preocupação em 2024.
Os resultados acompanham a tendência global de preocupação com desafios financeiros – maior do que os riscos relacionados a violência e problemas de saúde. O aumento da taxa de juros, por exemplo, preocupa 72% da população brasileira e, ainda que as taxas de desemprego no país tenham sido reduzidas, 63% dos brasileiros se consideram expostos ao risco de perder sua fonte de renda no curto e no médio prazo.
Mesmo diante desse cenário, os brasileiros tendem a pedir mais por empréstimos. A pesquisa da BNP Paribas Cardif mostra que eles estão mais propensos a tomar crédito para financiar a compra de imóveis (72%), iniciar seus próprios negócios (68%) e receber tratamento médico (66%). Também tem crescido a intenção de seu uso para aquisição de carro (61%; +20 pontos comparado à última edição da pesquisa, feita em 2021), realização de reformas num imóvel (61%, +17 pontos) e contratação de cursos (60%, +13 pontos).
“Essa grande preocupação com questões financeiras torna os empréstimos e financiamentos mais propícios para a população local. Queremos garantir que os brasileiros se sintam mais tranquilos ao tomar crédito para financiar seus projetos por meio de produtos como o seguro prestamista, que pode amortizar parcial ou totalmente as parcelas devidas em casos de perda de renda”, explica Marcel Dorf, Diretor Executivo Comercial da BNP Paribas Cardif Brasil.
Os dados da Protect and Project Oneself deste ano informam que 63% dos brasileiros já conhecem os seguros dessa modalidade, enquanto 14% não só entendem as vantagens desse tipo de proteção financeira, como já contrataram a cobertura. “Esses números mostram um avanço na relação dos brasileiros com os seguros, mas, ao mesmo tempo, revelam que ainda há muito espaço para o crescimento desses produtos no país dentro dos próximos anos”, analisa Marcel Dorf.
Cerca de 77% do público brasileiro já teve ao menos uma dificuldade para adquirir um seguro de proteção financeira – incluindo termos de contrato (30%) e complexidade do serviço (23%). Segundo Marcel Dorf, a BNP Paribas Cardif Brasil tem investido ao longo dos últimos anos em soluções que justamente tornam os produtos mais acessíveis e simplificados.
“Muitas vezes, a burocracia e a linguagem complexa dos contratos dificultam a compreensão das vantagens que as proteções oferecem, afastando um público em potencial. Em 2022, fizemos uma força-tarefa de simplificação e reduzimos 70% dos riscos excluídos e 25% dos documentos exigidos nos nossos principais produtos. Também expandimos nosso catálogo de produtos com soluções mais abrangentes. Para nós, essas são iniciativas-chave para tornar os seguros mais acessíveis no Brasil”, comenta Marcel Dorf.
Cenário global
A pesquisa Protect and Project Oneself foi realizada em 21 países na Europa, na Ásia e na América Latina, incluindo França, Espanha, Itália, Alemanha, Chile, Brasil, Peru, México, China, Coreia do Sul, Japão e Índia. Ao todo, 21 mil pessoas foram entrevistadas – todas acima de 18 anos e decisores financeiros dentro de seu núcleo familiar – para que fosse possível identificar quão preocupadas elas estão diante dos mais variados riscos da vida e da sociedade, apontando possíveis tendências para a contratação de seguros ao redor do mundo.
Os resultados da pesquisa de 2024 mostram que as pessoas hoje estão um pouco menos preocupadas com imprevistos do que em 2021. Entretanto, os níveis de preocupação ainda estão acima daqueles registrados em 2019. Embora o mundo venha se recuperando da pandemia gradualmente, existem outros desafios em curso, fazendo com que os receios relacionados à Covid tenham perdido espaço para preocupações com a inflação desde 2022.
Em uma escala global, 79% dos participantes da pesquisa expressaram estar particularmente preocupados com os conflitos internacionais, 76% com as mudanças climáticas e 75% com a queda no poder de compra. O desemprego destaca-se como questão prioritária na América Latina e na Ásia (86% e 71% dos entrevistados, respectivamente).
A perda de renda mantém-se no topo do ranking para três quartos das pessoas ouvidas globalmente pela pesquisa. A segurança cibernética, que foi um novo tópico adicionado à pesquisa deste ano, ocupou imediatamente a segunda posição, sendo citada como a principal preocupação por 74% dos entrevistados.
Preocupações em relação a agressões físicas e violência (+3 pontos em comparação com 2021), além de roubo ou danos a automóveis (+2 pontos em comparação com 2021), também cresceram, ao passo que os números relativos à saúde diminuíram desde o início da crise sanitária – mas ainda são superiores aos valores registrados pré-pandemia.
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