Especialista da Omint destaca importância e requisitos para ser doador de sangue
Segundo levantamento do Ministério da Saúde, atualmente, cerca de 1,6% da população brasileira é doadora de sangue. Apesar de estar dentro dos panoramas recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o índice do país pode melhorar e atingir estoque mais satisfatórios nos bancos de sangue, principalmente porque, de acordo com a Fundação Pró-Sangue, alguns tipos de sangue estão em estado de alerta ou crítico, como os tipos: O+, O- e B-.
Ricardo de Almeida Pereira, diretor executivo do hemocentro São Lucas e médico credenciado pela Omint, explicou que doar sangue é fundamental para salvar vidas, pois não pode ser sintetizado em laboratório. “Por isso, a doação é essencial para realizar tratamentos médicos complexos que dependem de transfusões”, pontuou.
O médico explica que o processo começa com uma entrevista durante a triagem para garantir a aptidão do doador. Após a doação, cada bolsa é separada nesses componentes que podem salvar até quatro vidas, segundo a Fundação Pró-Sangue. Além disso, o sangue passa por um rigoroso processo até chegar aos hospitais, incluindo verificações detalhadas para assegurar a segurança e compatibilidade.
“Existem inúmeras doenças que impedem a doação. Dessa forma, a análise é realizada com foco na proteção ao doador e, também, do receptor”, declara o médico.
Há condições que impedem uma pessoa de ser doadora, seja temporária ou permanentemente. Algumas delas são: doenças infecciosas ativas como: gripe, hepatites ou doenças sexualmente transmissíveis; intervenções médicas recentes, como cirurgias; se recebeu alguma vacina nas últimas 48h; mulheres grávidas ou lactantes.
Quem pode doar sangue?
Para ser um doador de sangue, é necessário atender aos requisitos estabelecidos pelo Ministério da Saúde, que são:
· Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até os 60 anos.
· Apresentar documento de identificação com foto e emitido por órgão oficial.
· Pesar no mínimo 50 kg.
· Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas.
· Estar alimentado, evitando alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação e até duas horas após o almoço.
Oportunidade para ser um doador de medula óssea
Além da doação de sangue, também é possível se tornar um doador voluntário de medula óssea. Para se cadastrar no REDOME, basta procurar o hemocentro mais próximo e realizar o cadastro. Durante o processo, uma pequena amostra de sangue (10ml) será coletada, servindo para o exame de tipagem HLA, que determina a compatibilidade com pacientes que necessitam de transplante.
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