Minimização dos Efeitos Climáticos
A minimização dos efeitos climáticos à população e às seguradoras é uma realidade crescente que traz desafios significativos para a sociedade. Inundações, que ainda incidem sobre o Estados do Rio Grande do Sul, assim como tempestades, secas e outros desastres naturais têm impactos devastadores na vida das pessoas e nas economias locais. Para mitigar esses efeitos, é fundamental que tanto as seguradoras quanto a população adotem medidas proativas.
Este ensaio procura abordar alguns procedimentos essenciais, a meu sentir, para que ambas as partes possam seguir na tentativa de reduzir os danos causados pelos fenômenos climáticos.
Em primeiro lugar, é mister que as seguradoras devam cada dia mais investir em tecnologias avançadas de modelagem climática para avaliar os riscos associados aos eventos climáticos extremos. A utilização de big data e com o auxílio da inteligência artificial – que está também atualmente na berlinda do Congresso Nacional - se poderá ajudar na prevenção de padrões climáticos e na identificação de áreas de maior vulnerabilidade.
É crucial desenvolver produtos de seguro que atendam às necessidades específicas das regiões mais afetadas por eventos climáticos, mormente as enchentes que se repetem, agora sem precedentes no país e, especificamente, no Estado do Rio Grande do Sul. Isso inclui seguros paramétricos, que pagam automaticamente uma indenização quando certos parâmetros climáticos são atingidos, sem a necessidade de uma avaliação detalhada destas perdas.
Faço tal assertiva levando em conta que até o presente momento não se vislumbra uma real avaliação da extensão dos danos, aliás, de grande intensidade, que assolou e vitimou até o presente momento mais de 197 pessoas e uma quantidade enorme de desaparecidos, dizimando mais de 93 por cento de nosso Estado no que concerne aos estragos provocados por essa calamitosa e deplorável enchente.
De outro giro, as seguradoras devem promover campanhas de conscientização para informar a população sobre os riscos climáticos e as melhores práticas para se proteger. Programas de treinamento e workshops podem capacitar as pessoas a tomarem medidas preventivas.
Colaborar com governos e organizações não governamentais é essencial para desenvolver estratégias de mitigação de riscos mais abrangentes. Parcerias público-privadas podem resultar em iniciativas que melhoram a resiliência das comunidades locais. Até enfatizar o que escrevi alhures, ou seja, incentivar associações e cooperativas para que exerçam seu papel neste cenário indescritível que vive o povo gaúcho.
Oferecer, de outro lado, incentivos financeiros, como descontos em prêmios de seguros para clientes que adotem medidas de mitigação de riscos, também pode ser uma maneira eficaz de promover práticas preventivas.
Ademais é essencial e extremamente importante que a população deve ser proativa no sentido de buscar informações sobre os riscos climáticos em sua região e preparar-se adequadamente. Isso inclui a criação de planos de emergência familiares e a participação em treinamentos oferecidos por seguradoras e governos.
É importante, sem dúvida alguma, investir em infraestrutura que possa resistir a eventos climáticos extremos. Isso inclui reforçar construções, instalar sistemas de drenagem eficientes e utilizar materiais de construção adequados.
É de sabença generalizada que as comunidades que dependem de atividades agrícolas ou pesqueiras devem adotar práticas de manejo sustentável e diversificação de culturas para reduzir a vulnerabilidade às mudanças climáticas.
A adoção de tecnologias como sistemas de alerta precoce e aplicativos de monitoramento climático pode ajudar a população a se preparar e responder rapidamente a esses eventos extremos.
Engajar-se em ações comunitárias para a construção de resiliência coletiva é fundamental. Isso pode incluir a participação em conselhos locais de defesa civil e em programas de voluntariado para assistência em desastres.
Por fim. A mitigação dos efeitos dos fenômenos climáticos extremos requer uma abordagem integrada que envolva tanto seguradoras quanto a população. As seguradoras devem aprimorar suas estratégias de avaliação de risco, desenvolver produtos inovadores e promover a educação sobre riscos. Simultaneamente, a população deve se preparar adequadamente, investir em infraestrutura resiliente e adotar tecnologias de monitoramento. A colaboração entre todos os setores da sociedade é essencial para construir uma resiliência climática eficaz e reduzir os impactos dos desastres naturais.
É o que entendo, salvo melhor entendimento. É momento de conclamar para que todas as partes envolvidas devam assim proceder objetivando minorar todos os prejuízos sofridos por essa inacreditável intempérie nesta hora de muita tristeza e dor nos lares do nosso pampa.
Porto Alegre, 22 de maio de 2024
Voltaire Marensi - Advogado e Professor
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