Tragédia no Rio Grande do Sul deve aumentar a procura por resseguro contra catástrofes
Diante da enorme tragédia que se abate sobre o Rio Grande do Sul, as seguradoras aumentarão as buscas por resseguros contra catástrofes. A afirmação é do presidente do Conselho Diretor da CNseg, Roberto Santos, ao portal Reset.
Ele explicou ainda que ainda é cedo para avaliações do impacto para as seguradoras, já que muitos segurados ainda não acionaram o sinistro em virtude da manutenção do nível das águas. Além dos seguros de automóveis e residenciais a serem contabilizados, há também os seguros da safra agrícola, de equipamentos agrícolas, os seguros patrimoniais de empresas e até o do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre.
O Executivo destacou que, apesar de o Rio Grande do Sul ser o estado com o maior índice de contratação do seguro residencial do país, com cerca de 38% das residências seguradas, a maioria desses contratos não possui a cobertura adicional contra enchentes e alagamentos, assim como muitas empresas não contrataram a cobertura facultativa contra lucros cessantes.
Ele lembra que, na época da pandemia, como as seguradoras não ofereciam proteção contra risco pandêmico, as empresas do setor optaram por pagar as indenizações mesmo assim. “Mas agora é diferente, porque a opção existia. Se houver decisão de cobrir, será individual de cada seguradora”, explicou.
Roberto destacou ainda a recomendação da CNseg para que as seguradoras aceitaram postergar o vencimento de apólices na região afetada e também prorrogar as datas de pagamento, para evitar cancelamentos
Por fim, o presidente do Conselho Diretor da CNseg acredita que a calamidade no Rio Grande do Sul ajudará a avançar no Congresso o projeto de seguro social contra catástrofes, um instrumento de proteção e amparo financeiro para a população atingida pelos desastres provocados por chuvas, inundações, alagamentos ou deslizamentos.
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