ERP, MRP e WMS: empresas mapeiam falhas, mas não identificam suas causas
É preciso conhecer a operação de ponta a ponta para selecionar e implementar sistemas corretamente
Quando um varejista consegue ampliar sua operação, pode acabar enfrentando prejuízos por problemas inesperados, como aumento exponencial de erros e falhas na logística de entrega e atrasos cada vez maiores para reposição de estoques ou despacho de pedidos, por exemplo. Para Guilherme Felippe, consultor da Massimo Consulting, especializada em bens de consumo, em alguns casos, as empresas identificam possíveis falhas em um de seus sistemas corporativos, como o ERP, o MRP e o WMS. Mas nem sempre conseguem relacionar as causas específicas de cada tipo de problema.
“Em um de nossos clientes, por exemplo, os sistemas e processos operacionais foram desenhados há dez anos, dimensionados para atender ao volume da época. Um pequeno atraso na reposição de estoque era facilmente contornado pela equipe com soluções pontuais. Mas hoje, com uma operação de maior escala, não somente o atraso começou a gerar prejuízos, como outras falhas apareceram. Iniciamos o mapeamento das lacunas no MRP, sistema de gestão da produção, mas identificamos que algumas falhas se expandiam para o WMS, de controle logístico e armazenamento, e para o ERP, que conecta às outras áreas da empresa, como compras, fiscal, financeira até entrega e feedback dos clientes”, explica Guilherme Felippe.
Para corrigir estes problemas, é preciso selecionar no mercado as soluções mais adequadas ao tipo de operação, processo e nível de serviço desejado. De acordo com o especialista, isto requer o entendimento completo da operação, pois, dependendo do que se planeja suportar, é preciso dar destaque maior ou menor a alguns pontos. Mais do que uma tecnologia avançada, é fundamental avaliar se o sistema atende às particularidades de uma determinada operação. Um exemplo é a atuação com medicamentos ou cosméticos, que necessita de um WMS que possa rastrear lotes, realizar recall, oferecer o tracking do produto, disponibilizar licenças e certificações das matérias-primas, entre outros, pois são requisitos do setor.
“Duas empresas de mesmo porte podem ter necessidades de sistemas muito distintas: a de medicamentos, por exemplo, vai precisar de um MRP que permita especificar o tempo de permanência das misturas de substâncias químicas no catalisador. Já uma fabricante de eletrodomésticos requer um MRP que controle processos mecânicos, como montagem de componentes. A correta seleção e programação do sistema, de acordo com a especificidades do setor, gera diversos benefícios, como: visão real time do estoque; mais riqueza e confiabilidade das informações; redução das divergências, erros e perdas; e melhor visibilidade da operação. Esta última se torna mais rápida e precisa porque o próprio sistema vai recalibrando estoques continuamente conforme recebe pedidos, em vez de aguardar o momento da revisão manual, feita pela equipe em momentos programados”, detalha Guilherme Felippe.
Os resultados são consequências da automação de algumas atividades, como a coordenação do fluxo físico de materiais e produtos dentro do centro de distribuição e entre diferentes armazéns. Quando feito pela equipe através de anotações em papéis e planilhas, leva mais tempo e há maior chance de erros do que quando realizado pelo sistema de forma automática. Certos erros podem levar a perdas de produtos ou mesmo de lotes inteiros, que passam da validade, por exemplo.
Através de sua vasta expertise no setor de bens de consumo, a Massimo Consulting conhece profundamente os processos operacionais de ponta a ponta e, por isso, consegue auxiliar o cliente a selecionar os melhores fornecedores de forma estratégica, considerando as funcionalidades essenciais para cada segmento.
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