Ações preventivas para segurança no trabalho: a tecnologia está a favor da sua empresa?
*Por Guilhermino Afonso, CEO da Wellbe
A necessidade de melhorias no âmbito da segurança do trabalho é uma demanda urgente no Brasil. De acordo com dados de uma pesquisa do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, disponibilizada pelo Ministério Público do Trabalho, em 2022 o país registrou 612 mil notificações de acidentes relacionados à jornada profissional. Diante desse cenário, a medicina preventiva é comprovadamente uma das melhores ações para a promoção de uma vida saudável entre os funcionários. Como a tecnologia pode entrar nessa equação e jogar a favor das empresas?
Tendência crescente em saúde desde 2020, as soluções tecnológicas devem ganhar ainda mais espaço no segmento, principalmente com o avanço da pauta sobre saúde digital. Porém, ainda há um longo caminho a ser percorrido para que o uso de dados se consolide entre os diferentes agentes do setor. A medicina preventiva no âmbito do trabalho é um bom exemplo para analisarmos as possibilidades oferecidas pela tecnologia que devem ser melhor exploradas.
Oferecer um benefício como o plano de saúde é ótimo, mas quando ele é alinhado com ações de prevenção e uma gestão de saúde integral, o custo/benefício da empresa será muito maior - e os gastos com saúde assistencial serão reduzidos na mesma proporção. Isso sem falar no impacto para o colaborador, que tendo uma vida mais saudável, poderá trabalhar com mais segurança. E são muitas as ações preventivas que podem ser realizadas: distribuição de materiais informativos, palestras sobre o uso de EPIs, treinamentos periódicos e prática de ginástica laboral, por exemplo.
Todas as ações listadas acima são práticas, medidas adotadas e avaliadas no dia a dia de trabalho. Mas como mensurar se as ações estão, de fato, sendo efetivas? Ou ainda, como saber se as iniciativas adotadas são as mais indicadas para resolver os desafios enfrentados? É aí que a tecnologia entra em jogo e se mostra um diferencial competitivo importante.
Ter um acompanhamento do uso do plano de saúde, por exemplo, com indicadores que mostram os principais motivos por afastamento, rankeamento das CIDs (classificação de doenças e problemas relacionados à saúde) mais comuns, foco nos atestados específicos por acidente de trabalho e criação de grupos de atenção são algumas das medidas que podem ser adotadas. Com isso em mãos, gestores deixam de operar no escuro e conseguem promover ações verdadeiramente estratégicas e adequadas às necessidades do lugar.
Essas orientações não se aplicam unicamente às empresas. Corretoras e operadoras, por exemplo, podem aplicar o mesmo cuidado de avaliação de dados e, assim, oferecer insights relevantes para os clientes que atendem. Do ponto de vista econômico, nem é preciso entrar em detalhes - afinal, quando o cliente se torna mais saudável, a sinistralidade também se torna mais equilibrada.
Todos os meses, diferentes campanhas da área da saúde nos lembram dos cuidados que devemos ter para viver com mais qualidade. Proponho que os agentes do segmento as encarem também como uma oportunidade para aproveitar as oportunidades que o avanço tecnológico tem a oferecer.
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