Soft skills do futuro: SXSW aponta a relação entre a Likeability e a Inteligência Artificial
Debate apresentado no maior evento de criatividade e inovação do mundo aponta os desafios e tendências entre as soft skills humanas e a Inteligência Artificial.
A era digital está em constante evolução, e seu impacto nas vidas das pessoas é cada vez mais evidente. Uma pesquisa realizada pela Hibou, aponta que atualmente a Inteligência Artificial (IA) impacta o cotidiano de 54% da população brasileira, uma revolução silenciosa que está transformando a maneira que os cidadãos vivem, trabalham e se conectam, moldando escolhas, caminhos e interações.
A revolução tecnológica tem impactos significativos nas relações sociais e de comércio. Um dos desafios mais complexos enfrentados no desenvolvimento da IA é a compreensão e a incorporação das emoções humanas dentro das novas tecnologias, como mostra o estudo da Edelman Trust Barometer 2024, em que 36% dos entrevistados acreditam que a Inteligência Artificial desvaloriza as relações e conexões humanas.
Reconhecido como o maior festival de inovação do mundo, o primeiro dia do SXSW EDU Conference & Festival, que acontece entre os dias 4 e 7 de março em Austin, no Texas, trouxe como ponto de reflexão os desafios e tendências entre a soft skills ‘likeability’, a capacidade de ser agradável, simpático ou cativante, e a Inteligência Artificial, que está inserida cada vez mais no cotidiano das pessoas
Para melhor compreensão, o debate está baseado em 7 pilares humanos:
1 - Curiosidade + Criatividade
2 - Inteligência Emocional + Empatia
3 - Comunicação
4 - Pensamento crítico + Resolução de Problemas
5 - Resiliência + Adaptabilidade
6 - Alfabetização digital básica + Proficiência tecnológica
7 - Colaboração + Trabalho em equipe
Nos últimos anos, as discussões sobre o avanço da Inteligência Artificial e seu impacto na empregabilidade e educação, têm ocupado o centro das atenções. A possibilidade de máquinas realizarem tarefas que normalmente necessitavam de inteligência humana, não é mais apenas uma visão de futuro, ela já faz parte diariamente das vidas das pessoas, muitas vezes de maneira sutil e quase imperceptível. No entanto, uma análise cuidadosa aponta que os avanços tecnológicos não irão substituir as funções humanas, mas criar novas oportunidades.
Segundo o especialista em recursos humanos, talento e soft skills, Borja Castelar, a crescente integração da Inteligência Artificial em diversos setores moldará o futuro, ao eliminar tarefas mecânicas e repetitivas, liberando espaço para uma maior concentração em responsabilidades que agregam mais valor. Para isso, Borja cita como exemplo a correção automatizada de tarefas pelos professores, permitindo que eles se concentrem mais em instigar a curiosidade e o pensamento crítico nos alunos.
“Estudos conduzidos pela Forrester Research descobriram que os robôs eliminarão partes dos trabalhos geralmente consideradas monótonas e repetitivas. Minha opinião é que a IA não vai nos tirar o trabalho, assim como não vai tirar o trabalho do professor, pelo contrário, ela tornará o professor mais eficiente e capaz de se dedicar a atividades que agregam mais valor, ou seja, instigar a curiosidade e o pensamento crítico nos alunos. A Inteligência Artificial precisa ser a ferramenta que impulsiona a carreira profissional, o que precisamos fazer é aprender a usá-la para nos tornarmos profissionais mais completos, mais produtivos e muito mais criativos”, conta.
O especialista pontua que neste novo mundo impulsionado pela Inteligência Artificial, o destaque está nas soft skills, como a likeability, na construção de uma presença autêntica e na prontidão para aprender continuamente. “As habilidades socioemocionais, como inteligência emocional, empatia, comunicação eficaz e trabalho em equipe, são cruciais, e além de fortalecerem relacionamentos profissionais, também são difíceis de serem replicadas por máquinas.”
Equilibrar a softs skills com a IA é essencial para criar sistemas que sejam não apenas eficazes em suas funções, mas também agradáveis e aceitáveis para os usuários, aspectos que precisam levar em consideração as complexidades da interação humano-máquina e todo o contexto da sociedade que está inserida.
“A autenticidade é fundamental e não pode ser copiada por uma IA. Destacar habilidades únicas, valores e experiências, contribui para uma presença profissional distintiva e atrativa. Os profissionais podem ser agentes ativos na construção de um futuro estimulante e repleto de realizações atrelados à tecnologia”, finaliza Borja Castelar.
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