Executivas compartilham experiências para organizações que desejam promover a igualdade de gênero
Apesar de avanços graduais, a disparidade de gênero persiste, revelando um panorama que demanda urgência e atenção
De acordo com dados do levantamento feito pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2023, 15% das mulheres em idade produtiva em todo o mundo expressavam o desejo de trabalhar, porém, encontravam-se desempregadas. Diante de um cenário como este, são inúmeros os desafios que elas enfrentam no mercado de trabalho, desde a falta de oportunidade e crescimento, até a marginalização pós-maternidade, equidade salarial e outros tantos vieses relacionados a estigmas e gaps de gênero.
Neste sentido, para combater a desigualdade no mercado de trabalho, é importante que organizações se comprometam com medidas como programas de mentoria, políticas de licença parental equitativas e esforços para eliminar práticas discriminatórias. Entendendo que, mesmo com compromissos, o progresso é gradual e requer um comprometimento contínuo, três executivas compartilham suas experiências para quem deseja iniciar essas práticas.
Marina Vaz, CEO da Scooto
Após entender que a inovação está na humanização, a executiva fundou a Scooto, central de atendimento que transforma relacionamento entre pessoas e empresas. Com um time 100% feminino e formado por mais de 450 mulheres, sendo 86% mães, 46% pretas e pardas e 5% Pessoas com Deficiência (PcDs), a organização seguiu naturalmente com os pilares de inclusão, pertencimento e protagonismo. “Ao empreendermos com propósito, mostramos que é possível inovar e impactar os negócios. Por isso, é fundamental que as organizações promovam um ambiente interno saudável, para a ascensão de todas as mulheres que enfrentam diversas formas de marginalização no mercado de trabalho”, explica.
Carla de Bona, Cofundadora e Diretora de Inovação da {reprograma}
Com o principal objetivo de capacitar e reduzir a desigualdade de gênero na área de tecnologia, nasceu a {reprograma}, no ano de 2016. "Nosso principal foco sempre foi alcançar mulheres LGBTQIA+, negras e em situação de vulnerabilidade social e econômica. Neste percurso, que por muitas vezes foi desafiador, já conseguimos impactar mais de 4 mil mulheres, com cerca de 2 mil tornando-se alunas, sendo 71,7% autodeclaradas pretas ou pardas e 10% trans e/ou travestis”, explica. "Fomentar o empoderamento feminino é crucial para alcançar a igualdade e diversidade real em diversos setores, principalmente se tratando de novas tendências tecnologicas", completa a executiva, destacando a importância de referências femininas para as futuras gerações de desenvolvedoras.
Adriana Barbosa, fundadora do Festival Feira Preta
A Feira Preta começou em 2002, na praça Benedito Calixto, como uma feira de produtos de empreendedores negros. Hoje, é um grande festival que apresenta conteúdos, produtos e serviços que representam o que há de mais inventivo e inovador na criatividade preta, em diferentes segmentos. Do empreendedorismo, da tecnologia à literatura, da música às artes digitais, passando também pelos painéis, com o que há de mais urgente e futurista nas reflexões da existência preta. “Nosso trabalho está dentro da filosofia de negócios de impacto social, especificamente, na população negra”, afirma a executiva. São organizações que precisam gerar riqueza e trazer dinheiro, mas não simplesmente para acumular entre os sócios e dirigentes. É para ver investimento na sociedade
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