IA, sustentabilidade, geopolítica e macroeconomia serão destaques na agenda de 2024, segundo relatório da Seguros SURA
A Seguros SURA, divulgou seu tradicional relatório anual de perspectivas, que resume os principais eventos econômicos, políticos, sociais, ambientais e tecnológicos que serão tendência para o ano.
Para 2024, o relatório aponta IA, sustentabilidade, geopolítica e macroeconomia como os temas principais. Segundo o relatório, embora alguns destes fenômenos já sejam fortes há algum tempo, espera-se que a sua importância seja muito mais evidente no próximo ano e nos anos seguintes.
“Este relatório inclui um olhar geral sobre o panorama político, econômico, social, ambiental e tecnológico de 2024, com números, fatos e dados que mostram as aceleradas transformações ocorridas nos últimos anos e que, sem dúvida, assumirão maior relevância no futuro ano que começa”, explica Juanita Gómez Loaiza, Gerente de Tendências e Riscos da Suramericana.
O documento se consolida entre os temas de maior destaque:
1. Democratização da inteligência artificial:
O mundo empresarial será um dos primeiros a testemunhar os impactos da democratização da IA, onde elementos como a automatização de processos e tarefas e a criação de novos empregos estarão na vanguarda. No entanto, alcançar eficiências na operação e personalização de produtos e serviços melhorará a experiência do cliente, conduzindo a níveis mais elevados de satisfação e fidelização.
Destaques: Segundo informações do Statista, o mercado global de IA terá receitas totais de mais de US$ 1,5 trilhão até 2030, com um crescimento médio anual de 38% de 2023 a 2030.
Tensões e oportunidades: Entre os desafios está a baixa oferta de profissionais formados e especializados em IA, o que se traduz em escassez de mão de obra qualificada.
Diante das oportunidades, a automatização de tarefas, a melhoria na tomada de decisões e a criação de novos produtos e serviços, mostram benefícios de sua aplicação em diversos ambientes.
2. Novos paradigmas macroeconômicos:
Os efeitos da pandemia e os esforços dos governos a nível mundial para incentivar o consumo das pessoas e o investimento no setor produtivo, além da dinâmica desenvolvida pelos bancos centrais em torno das taxas de juros, é um tema de preocupação entre os especialistas em política econômica, que questionam se é necessário reavaliar o paradigma de como estes mecanismos de intervenção continuarão a funcionar da forma como tradicionalmente funcionam para definir o comportamento das principais variáveis econômicas.
Oportunidades: Embora os altos níveis de juros no curto e médio prazo sejam um tanto desafiador para o investimento, também fica claro que incentivam níveis de endividamento mais saudáveis para os agentes e maior responsabilidade nos gastos públicos, incentivando níveis mais elevados de produtividade.
3. Biodiversidade e desenvolvimento sustentável:
A biodiversidade é o pilar da prosperidade econômica. Mais de metade do PIB global, que em 2022 ficou perto de 100 milhões de dólares, é altamente dependente de atividades relacionadas com a natureza. Mais de 70% da população que vive na pobreza depende dos recursos naturais para gerar rendimento por meio da agricultura, pesca ou outras atividades baseadas na natureza.
Os destaques: 17 países agrupam 70% de todas as espécies da natureza conhecidas. Da América Latina destacam-se países como Peru, Brasil, Equador, Colômbia, Venezuela e México.
Tensões e oportunidades: De acordo com o relatório, 66% das organizações não reportam nenhuma das suas emissões externas, que são aquelas que ocorrem ao longo da cadeia de valor, embora estas representem cerca de 90% do total. Dentro das oportunidades consolidam-se a proteção ambiental, a prestação de serviços ecossistêmicos, a resiliência às alterações climáticas e a criação de emprego.
4. Movimentos geopolíticos:
Acontecimentos de curto prazo, como o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, ou entre Israel e o Hamas, a ruptura das cadeias de abastecimento, a procura constante pela estabilidade das economias e pelos novos recursos naturais essenciais para a transição energética, trazem uma volatilidade que parece não perder destaque nos próximos anos. Grandes transformações como a hiperconectividade, as alterações climáticas e a escassez e variação de recursos impõem cada vez mais desafios à atual ordem mundial.
Destaques: Os recentes movimentos políticos orientados para o protecionismo e os riscos sistêmicos que evidenciaram a elevada interdependência a nível mundial começam a ser fatores preponderantes nas cadeias produtivas e, consequentemente, nas relações comerciais. Por esta razão, não é por acaso que palavras como near-shoring, re-shoring e friend-shoring começam a ganhar mais relevância nos meios de comunicação e nas pesquisas na Internet.
Tensões e oportunidades: A elevada interdependência nas cadeias de abastecimento, que se tornou mais evidente com a invasão da Ucrânia pela Rússia, mostrou vulnerabilidade em determinadas matérias-primas que atualmente continuam tendo grande importância para os processos produtivos, o que será um desafio no futuro.
Esta fragmentação geopolítica pode ser uma oportunidade para novos players que consigam aderir a esta dinâmica de mercado aproveitando as suas vantagens competitivas.
Outros tópicos do relatório
O relatório divulgado pela empresa a partir de sua gestão de Tendências e Riscos também aborda temas adicionais como: migração, mercado de trabalho, fragmentação geopolítica, novos paradigmas macroeconômicos, entre outros temas. Este documento procura promover diálogos em diferentes setores bem como ações de longo prazo e em diferentes escalas na Colômbia e na região, como comentou Juanita Gómez: “Com a análise das tensões geradas pela adoção de perspectivas, espera-se que empresas e pessoas têm uma visão antecipada das oportunidades que podem surgir durante 2024.”
Para mais informações acesse o relatório completo no link.
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